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quarta-feira, 8 de julho de 2009


estudo sobre o livro de Êxodo

ÊXODO : A MENSAGEM

“Eu sou o Senhor teu Deus , que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim” Ex. 20.2-3

Êxodo é derivado de seu nome na Lxx: “êxodos” saída, o livro reconta o fato que formou Israel : a “saída do Egito”, centra-se em dois atos :

1 Deus livrou com poder o povo escravizado no Egito ( 1.1-18.26)

2 Deus firmou uma aliança com esse povo ( 19.1 – 40.38)

Sendo o ponto alto a redenção.

A importância de Moisés

Moisés é a figura chave das narrativas do Pentateuco, de Êxodo a deuteronômio, ele é considerado o fundador da religião de Israel, promulgador da lei , organizador das tribos, além de líder carismático.

O livro começa relatando o grande aumento populacional dos hebreus no Egito, e com isso o farao começou a temer pela segurança da nação, e reduziu esse povo a escravos, onde foram trabalhar na construção no Delta, especialmente nas cidades de Pitom e Ramessés, alem disso o farao decretou que todos os recém-nascidos do sexo masculino hebreu deveria ser afogado no rio Nilo.

Nessas circunstâncias nasceu Moisés, não se tem maiores detalhes do crescimento de Moisés na corte, apenas que foi adotado pela filha do faraó, após a mesma te-lo encontrado num cesto no rio Nilo.

Em seguida Moisés é mencionado já adulto, onde se refugia em Mídia, após ter matado um opressor egípcio. Ali estabeleceu-se com Jetro, sacerdote de Mídia, e casou-se com sua filha, Zipora com quem teve dois filhos.

A narrativa relata que o faraó que estava a procura de Moisés morreu (2.23-25) e também afirma que Deus ouviu os lamentos de seu povo, e coloca em ação o livramento do povo da escravidão egípcia.

O chamado de Moisés – Pastoreava as ovelhas, perto do monte Horebe “o monte de Deus”, quando teve uma visão, uma sarça ardia mas não se consumia (3.2), ao se aproximar foi abordado por Deus que o comissionou “Vem,agora, eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do egito”(v10)

O pastor tornar-se-ia libertador.

Moisés levantou uma série de objeções (3.11- 4.17). Nesse dialogo presenta-se um material de grande implicação teológica:

1. A revelação do nome divino – Moisés objetou:

“eis que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: Deus de vossos pais me enviou a vós outros; e eles me perguntarem qual é o seu nome ? que lhes direi?” (v.13) Deus respondeu com uma revelação;

“Eu sou o que sou...assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós outros ...O senhor, Deus de vossos pais, o Deus de Abraão....”(v14).

Precisamos entender que , nos tempos antigos, o nome estava relacionado a essência da pessoa. A importância do nome de Deus pode ser vista em 33.18.

Ao revelar o seu nome pessoal, Deus tornava-se acessível ao seu povo em comunhão e em poder salvador.

2. Moisés , o profeta - Moisés continuou com objeções quanto ao seu chamado, ele alegou ser pesado de boca e de língua, Deus replicou e não desistiu de seu mensageiro teimoso. Atendendo por fim ao chamado de Deus ( 4.8) tornando-se então profeta de Deus por excelência (Dt 18.15-20; Os 12.13).

As Pragas e as Páscoa

Quando Moisés confrontou o faraó, recebeu um sonoro não:

“Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz, e deixe ir a Israel? Não conheço o Senhor, nem tão tampouco deixarei ir a Israel.” (5.2).

Estava para começar uma batalha entre Deus e o faraó, Deus evidenciou seu poder e autoridade numa série de dez catástrofes ou pragas ( 9.14) que devastariam o Egito.

As primeiras nove pragas compõem uma série continua (7.8-10.29)

Um estudo importante mostra que as nove pragas estão em perfeita harmonia com os fenômenos naturais do Egito.

1 Inundação anormal do rio Nilo : onde as águas elevadas varreram grande quantidades de terra onde havia microorganismos avermelhados chamados flagelados tornando o Nilo vermelho sangue e pútrido, matando os peixes;

2 As rãs – os peixes em decomposição fizeram com que as rãs fugissem da beira do Nilo e as infectaram provocando assim sua morte;

3 Mosquitos e moscas – se reproduziram nas condições das águas contaminadas após inundação;

4 Doença do gado – era o antraz, causado pela morte das rãs;

5 As feridas em homens e animais – seria o antraz de pele, transmitido pelos mosquitos e moscas contaminados;

6 Granizo e trovões – destruiriam o linho e a cevada, mas deixaram o trigo e a espelta;

7 Os gafanhotos – quantidade imensa deles que devastaram essas plantações;

8 Escuridão – descreve bem um hamsin;

Deus usa a ordem criada para seus próprios fins.

Entretando a décima praga – a morte do primogênitos – não tem explicação natural, essa catástrofe é descrita numa situação bem complexa ( 12.1 – 13.16).

A Páscoa

A origem desta festividade é sugestiva que venha antes de Moisés e do êxodo, continua com a celebração da ultima ceia transformando-se assim numa comemoração da morte de Jesus, prenunciado pela Pascoa e antiga aliança.

O livramento no mar de juncos

Os israelitas, fortalecidos e unidos pela solene refeição da Pascoa, partiram do Egito (12.37 - 42), embora sua rota exata não seja conhecida, por fim chegaram á margem do "mar dos juncos", essa massa de agua era uma barreira natural á entrada no Sinai.

"Assim , o Senhor livrou Israel, naquele dia, da mão dos egipcios; e Israel viu os egipcios mortos na praia do mar. E viu Israel o grande poder que o Senhor exercitara conra os egipcios; e o povo temeu ao Senhor e confiaram no senhor e em Moisés, seu servo".

Em resposta a esse livramento, Moisés compôs um cântico de vitória e louvor(15.1-18), Israel em toda sua história tem lembrado esse grande livramento como o elemento constitutivo pelo qual eles se tornaram povo de Deus.

A Aliança e a lei no Sinai

Após o livramento no mar, Israel viaou até o Sinai, o povo acampou diante dele, e Moisés subiu ao monte para encontrar-se com Deus, ali Deus lhe informou que entraria numa aliança com seu povo e anunciou as condições:

"Se deligentemente ouvirdes a minha voz, e guardades a minha aliança" (19.5).

A aliança é um meio de estabelecer um relacionamento, Israel é convidado a se relacionar de uma maneira especial com Deus e aceita o convite (19.8), a aliança é ratificada por meio de uma cerimonia solene. O valor da aliança é de vida ou morte.

Sua história só pode ser compreendida á luz dessa aliança, ao longo do tempo Israel quebrou a aliança tantas vezes, e Deus tem mostrado toda sua misericordia.

O tabernáculo

Duas passagens longas descreve o tabernáculo e seus utensilios. ( 25 ao 31), Deus revela a Moisés os planos, os materiais e os desígnos para construí-los.

O tabernáculo era um santuário portátil, dentro dos santos dos santos ficava a arca, que continha os dez mandamentos, no santo lugar o altar de incenso, o candelabro e a mesa com o "pão da Presença", o tabernáculo era colocado num pátio de 45m por 22m, no pátio ficava o altar das ofertas queimadas e entre ele e o tabernáculo a bacia.

Em 25.8 Deus diz :"E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles", portanto era o localda presença de Deus com o seu povo.

O Bezerro de ouro

Em êxodo 32-34 registra a violação da aliança, onde Israel adora o Bezerro de ouro, e o diálogo de Moisés com Deus pedindo a presença divina e a renovação da aliança.

Essa narrativa surpreendente revela o poder na intercessão, ele insiste na plena restauração e no perdão "Segue em nosso meio..."(34.9).

A renovação da aliança, que se segue em 34-10.28, indica sem duvida que Deus de fato perdoou Israel, temos aqui uma teologia da graça sem igual no A.T.

Tendo por base seu caráter clemente e misericordioso, Deus restauraria seu povo vezes sem conta.

Ellis Silva

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