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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Salmo 22


1 DEUS meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?
2 Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego.
3 Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel.
4 Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste.
5 A ti clamaram e escaparam; em ti confiaram, e não foram confundidos.
6 Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo.
7 Todos os que me vêem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo:
8 Confiou no SENHOR, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer.
9 Mas tu és o que me tiraste do ventre; fizeste-me confiar, estando aos seios de minha mãe.
10 Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe.
11 Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude.
12 Muitos touros me cercaram; fortes touros de Basã me rodearam.
13 Abriram contra mim suas bocas, como um leão que despedaça e que ruge.
14 Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas.
15 A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte.
16 Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou, traspassaram-me as mãos e os pés.
17 Poderia contar todos os meus ossos; eles vêem e me contemplam.
18 Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha roupa.
19 Mas tu, SENHOR, não te alongues de mim. Força minha, apressa-te em socorrer-me.
20 Livra a minha alma da espada, e a minha predileta da força do cão.
21 Salva-me da boca do leão; sim, ouviste-me, das pontas dos bois selvagens.
22 Então declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.
23 Vós, que temeis ao SENHOR, louvai-o; todos vós, semente de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, semente de Israel.
24 Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu.
25 O meu louvor será de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem.
26 Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao SENHOR os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.
27 Todos os limites da terra se lembrarão, e se converterão ao SENHOR; e todas as famílias das nações adorarão perante a tua face.
28 Porque o reino é do SENHOR, e ele domina entre as nações.
29 Todos os que na terra são gordos comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele; e nenhum poderá reter viva a sua alma.
30 Uma semente o servirá; será declarada ao Senhor a cada geração.
31 Chegarão e anunciarão a sua justiça ao povo que nascer, porquanto ele o fez.

Este Salmo foi objeto do último ensinamento de Jesus antes de entregar o seu espírito ao Pai. Analisemos!

Jesus utilizou a primeira frase deste Salmo momento antes de entregar o seu espírito ao Pai. Ele bradou: "Eli, Eli, lamá, sabactâni" Mt 27: 46, ou seja, "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (v. 1).

O salmista novamente escreveu (profetizou) acerca de Cristo "E DAVI, juntamente com os capitães do exército, separou para o ministério os filhos de Asafe, e de Hemã, e de Jedutum, para profetizarem com harpas, com címbalos, e com saltérios; e este foi o número dos homens aptos para a obra do seu ministério" (I Crônicas 25: 1).

A profecia é apresentada como sendo o próprio Cristo orando ao Pai. Davi divinamente inspirado por Deus escreveu com propriedade acerca de eventos e de alguns sentimentos de Cristo.

Do verso 1 ao 6, o salmo apresenta um contraste entre Cristo e os pais (hebreus). O salmo demonstra que Cristo pediu ao Pai que o livrasse, mas não foi atendido (v. 2). Porém, os pais (hebreus) confiram em Deus e foram atendidos (v. 5).

O salmo torna evidente a condição de Cristo e porque ele não foi atendido. Diferente dos pais, Cristo assumiu a condição de 'verme', opróbrio dos homens e desprezado do povo (v. 6).

Quando na cruz as pessoas meneavam a cabeça, e diziam: "Confiou em Deus; livre-o agora, se o ama; porque disse: Sou Filho de Deus" (Mateus 27: 43). (v. 7 e 8).

O salmo demonstra que Cristo seria gerado de Deus "Sobre ti fui lançado desde a madre" (v. 10). Ele seria preservado enquanto estivesse aos seios de suam mãe (v. 9- 10).

Do nascimento de Cristo o salmo avança para o período de agruras que antecede a crucificação (v. 11- 12). Cristo foi angustiado e sentiu a opressão dos seus inimigos, que o salmo compara aos fortes touros de Basã "E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão" Lc 22: 44.

O verso 13 demonstra que Cristo seria acusado de pecado, sem nunca pecar "E não o achavam; apesar de se apresentarem muitas testemunhas falsas, não o achavam. Mas, por fim chegaram duas testemunhas falsas" (Mateus 26: 60). Os homens prevaleceram através da boca. Abriram a boca COMO o leão quando despedaça e ruge ao ter a presa sob domínio.

Os versos 14 e 15 apresentam várias comparações: como água me derramei, ou seja, da mesma forma que é impossível ajuntar novamente a água derramada em um recipiente, Cristo entregou-se pelos homens.

No ardor da aflição o coração, ou o sentimento de Cristo como homem é comparado a cera: derreteu-se em suas entranhas.

A força que possuía tornou-se inútil como um caco, ou seja, foi despedaçada. Sem mais forças, a 'secura' da morte iminente invadiu o seu corpo.

Porém, diante de tantas agruras restaria uma certeza: Ele estaria naquela condição porque Deus assim o quis "...e me puseste no pó da morte" (v. 16).

Os malfeitores haveriam de traspassar as mãos e os pés de Cristo. Os algozes repartiram as suas vestes entre si e lançaram sorte para ver quem haveria de despojá-lo do seu último pertence nesta vida Mt 27: 35.

O verso 19 apresenta a confiança de Cristo no livramento do Pai: "Força minha, apressa-te em socorrer-me".

Jesus clama a quem podia livrá-lo, o Senhor. Somente Deus poderia livrá-lo do poder da morte (espada). Somente Deus podia resgatá-lo da força do inimigo.

A certeza de salvação é firme: "...sim, ouviste-me, das pontas dos bois selvagens" (v. 21). Cristo jamais foi desamparado pelo Pai, como alguns pensam. Ele foi salvo do poder (pontas) dos bois selvagens (v. 12)!

Cristo haveria de declarar o nome de Deus aos seus irmãos Hb 2: 12. Em meio a congregação dos justos Deus é louvado em Cristo Hb 12: 23 (v. 22).

Os que temem ao Senhor louvam a Deus. Os descendentes de Jacó segundo a carne glorificam a Deus. Temem a Deus todos os que se convertem ao Senhor como Jacó, que teve o nome mudado por Deus de Jacó para Israel (v. 23).

Deus jamais desprezou ou abominou a aflição do Aflito. Deus jamais escondeu de Cristo o seu rosto. Antes, Deus sempre esteve atento ao clamor de Cristo (v. 24).

Jesus jamais procurou o 'louvor' dos homens, antes o louvor que é proveniente de Deus Jo 5: 44.

Os que aprendem de Cristo serão fartos de conhecimento. Os pobres de espírito comerão e se fartarão Mt 5: 3.

A única maneira de um homem louvar a Deus é buscando-O, ou seja, para louvá-lo é preciso aproximar-se por meio da fé, obtendo um novo espírito e um novo coração Sl 51: 10. Só é possível louvar a Deus quando se é nascido dele Jo 3: 6. Somente viverá eternamente os que obtêm um novo coração como bem pediu Davi (v. 26).

Após apresentar elementos da Regeneração em Cristo, o salmo apresenta aspectos do milênio. Todo o mundo conhecerá a Cristo, e se converterão ao Senhor. Neste tempo todas as famílias das nações adorarão perante a face de Cristo.

Por que acontecerá o predito no verso 27? A resposta esta no verso 28: "Porque o reino é de Cristo..." (v. 28).

A opulência estará em comer e adorar na presença do Rei. Da mesma forma todos que descerem ao pó prostrar-se-ão perante o Deus de toda a terra Rm 14: 11.

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