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terça-feira, 30 de junho de 2009

trabalho sobre politica e etica:

Tendo como base o módulo “Fundamentos da ética e da Filosofia Política” responda:

A partir dos estudos realizados acerca dos pensamentos de Maquiavel e Kant, explicite como Ética e Política ganham características estritamente

racionalizadas na Modernidade.

Resposta a questão:

Na antiguidade Ética e Política caminhavam juntas e se desenvolvia com o objetivo do bem comum, o líder era um homem virtuoso e sua visão era voltada para a polis e suas necessidades.

Na modernidade temos como principal característica desta época a razão, agora a coletividade dá lugar para o antropocentrismo. Isso começa com Descartes e sua famosa frase “Penso, logo existo” a partir daí novos conceitos iram surgir.

Kant nos apresenta a ética através do pensamento racional e para isso faz uso de máximas e imperativas, para ele é no domínio da moral que a razão se manifesta

legitimamente. A ética passa a ser empírica afastada dos equívocos da natureza.

“Cumpre teu dever incondicionalmente”.

“Age de tal maneira que a máxima da tua ação possa ser uma regra universal”.

Essas são frases de Kant, e nos remete a constatação que ele privilegia a razão humana e desconfia dos instintos da natureza humana.

Partindo agora para a política em Maquiavel temos também uma nova forma de interpretá-la, antes quem estava no poder era um homem virtuoso e cheio de ética e ideal, agora na modernidade damos lugar ao poder. A política vai ser regida pela lógica e ela representa poder. E para alcançar e se manter no poder o governante precisará de “virtú”, a racionalidade vai ser usada para articular, manipular, elaborar algo, sem se preocupar que para alcançar seus objetivos seja preciso fugir da ética.

O privado é o campo da Ética e a “res publica” o campo da Política, a forma para se resolver os conflitos, que caracterizam uma vida na cidade, vai ser regido pelas instituições e leis.

Em sua obra “o Príncipe”, Maquiavel escreve que o bom governante deve ter virtú, ou seja, prudência, virilidade, ousadia e dominar a seu favor a fortuna, isso tudo para se manter no poder.

“Use o bem sempre que possível e o mal quando necessário”

A razão pode ser utilizada tanto para fins positivos ou negativos.

Na modernidade Kant leva o homem a buscar através da razão, o que há de melhor, para que isso se torne universal. Já Maquiavel tem uma visão negativa do ser. A modernidade nos traz uma nova política e um novo conceito de ética e tudo isso podemos presenciar ainda hoje, nos nossos dias.

ellis silva

quarta-feira, 24 de junho de 2009

o que é o belo? segundo Sócrates....

“O belo é uma bela jovem...”

“se existe o belo em si todas as coisas que denominamos bela serão belas por esse fato?”

“e uma bela égua não será bela também?”

“e uma bonita panela não será bela também?”

Qualquer utensílio desse tipo terá de ser considerado belo quando bem trabalhado, mas todos eles não merecem ser comparados com coisas verdadeiramente belas

A mais bela virgem é feia comparada aos deuses

O belo orna toas as coisas as az parecer belas, quando lhes comunica seu próprio conceito.

O ouro é belo, pois todo o objeto que lhe acrescentamos por mais feio que seja fica bonito.

Fitias é um grande artista, porém usou marfim ao invés de ouro.

Uma bela pedra não será bela?

Desde que haja indicação para o seu emprego

O que convém a cada coisa é que as deixa bela.

O que convém mais a uma panela uma colher de pau ou de ouro?

O belo é ser rico, gozar saúde, ser honrado pelos helenos, chegar a velhice, e ser sepultados pelos filhos com uma forma bela e suntuosa.

Mas pergunto o belo em si, as belezas as coisas que se agrega, ou seja, pedra ou madeira, homem ou deus.

Belo é o que é util.

A República (Politéia) dialogo Socrático escrito por Platão, tem como tema central a justiça, ele lida também com as questões em torno da Paidéia, a formação grega, na tentativa de impor uma orientação filosófica de educação em oposição à Paidéia poética. A narrativa parte da idéia de uma cidade imaginária (cidade de Callipolis, que significa a cidade bela), na obra Platão expõe o sonho de uma vida harmônica e fraterna e como é uma sociedade justa. Para ele os governantes e os guardiões representam a racionalidade, enquanto aos artífices restava apenas seu trabalho. Esta sociedade vivia em harmonia porque cada classe entendia suas aptidões naturais.

Esta obra é composta por dez livros, inicia-se e termina com a discussão em torno da justiça como virtude maior, na construção de um Estado perfeito.

No livro IV, Sócrates questiona: “onde poderá estar à justiça, e onde a injustiça, e em que diferem uma da outra” (427 d). A seguir refletiremos neste livro e nas perguntas: Quais as virtudes dessa cidade? Quais as classes dessa cidade? Quais os elementos presentes na alma do individuo?
Platão com o mundo das idéias busca uma cidade perfeita e para isso faz uso das virtudes que esta cidade deve ter para ser perfeita e justa. E essas virtudes são:

A sabedoria (Sofia) é percebida através de suas deliberações, sendo que apenas alguns raros homens podem ter tal virtude, ou seja, através da ciência do conhecimento é que se delibera de forma conjunta e sábia. Na cidade há diversidade de ciências, mas apenas os homens sábios é que podem governar uma cidade inteira, ou seja, aquele que tem como finalidade uma vida contemplativa - os filósofos.

A coragem (andréia) por sua vez, é dada como traço daqueles que tem por função defendê-la, os guardiões. E estes a defendem por ter o conhecimento de sua reta opinião e esse conhecimento se adquiri através da educação e da consciência das coisas que os temem. A Coragem é o uso da razão a despeito do prazer. Coragem é ser coerente com seus princípios a despeito do prazer e da dor. Uma cidade com defensores corajosos é corajosa por natureza.

A temperança (sophrosyne) a ela cabe manter o equilíbrio e a harmonia entre as classes, segundo a narrativa há na alma humana duas partes: uma superior e outra inferior, onde a superior comanda a inferior, pois este é senhor de si mesmo, enquanto a outra é escrava de si próprio. Os sentimentos de prazeres, paixões são encontrados nos homens de baixa categoria e estes são chamados livres, porém escravos de si mesmos. A parte superior são os homens raros, dotados de inteligência e opinião, e também de excelente natureza e educação.

A justiça, a última das virtudes a ser analisada e que completa as outras virtudes. Numa cidade onde a criança, a mulher, o escravo, o homem livre, o artesão, o governante e o governado, se ocupam apenas de sua própria tarefa ou do seu dom natural, e não invade o outro, isso contribui para que aja todas as três virtudes anteriores e com isso a cidade se torna justa e perfeita.

Nessa cidade perfeita, segundo a narrativa existem três classes: Os trabalhadores manuais, os militares e os governantes, as classes são escolhidas segundo aptidões naturais e não pelo seu nascimento, por isso a educação é essencial, pois através dela será fornecida toda a formação do individuo.

Segundo Platão a alma do homem se divide em três:

A alma colérica, que protege o homem das ameaças externas e da violência de outros homens

A alma concupiscente que visa o prazer, a satisfação do desejos do corpo.

A alma racional que se dedica ao conhecimento.

Só através de uma perfeita harmonia entre as três partes, tendo por direção a razão é que o homem poderá se considerar um ser justo.

CONCLUSÃO

Uma cidade justa e perfeita precisa começar no próprio individuo que a compõe, tendo este consciência de manter sua alma equilibrada, tendo como centro a razão, sabendo também a sua função na polis função esta que adquire de acordo com a natureza. A harmonia se instala de acordo com o bem comum quando todos têm essa consciência.

Ludwig Wittgenstein (1889-1951) austríaco, formado no círculo de Viena. Autor de "Tractatus Logico-Philosophicus", publicado em 1921, foi um dos filósofos mais influentes do século 20. Escreveu que a lógica formal poderia resolver todos os problemas da filosofia, pensamento este também de Russel e Frege. Foi o principal responsável pela virada lingüística da filosofia, movimento que colocou a linguagem no centro da reflexão filosófica, deixando de figurar apenas como um meio para nomear as coisas ou transmitir pensamentos. O que torna possível a significação lingüística? O que a linguagem pode nos dizer a respeito do mundo, de tudo aquilo que o constitui. Vai se preocupar com a lógica da linguagem, quais são os elementos lógicos que darão significado para a linguagem

A CONCEPÇÃO DE LÓGICA DE WITTGENSTEIN NO TRACTATUS

Wittgenstein nos trás a filosofia da linguagem, para ele era possível o desenvolvimento de uma linguagem logicamente perfeita, já não era suficiente a tradição critica onde a linguagem, pensamento e a realidade eram representados pela sofistica através da argumentação, discurso, investigação sendo que através desses recursos a filosofia avaliava o grau de verdade do que era proposto, e a tradição lógica onde se busca num discurso a fala correta ou incorreta, se as coisas são ou não são. Wittgenstein inicia esclarecendo sua concepção de mundo onde este não é a totalidade das coisas e sim a totalidade dos fatos, ou ainda, a totalidade dos estados de coisas. Se o mundo pode ser pensado, tal reflexão poderá revelar traços essências da estrutura do mundo. “Especificar a essência da proposição significa especificar a essência de toda a descrição, portando a essência do mundo”.

Pensar as coisas por si só não dá a elas um sentido, é preciso relacioná-las a outras coisas, para através de proposições verificarem se são verdadeiros ou falsos. É a linguagem que constrói nosso senso de mundo, nosso meio e nossas experiências. Os conectivos devem ser tais que o valor de verdade da sentença complexa seja inteiramente determinado pelos valores de verdade de suas partes. Segundo Wittgenstein há sentenças complexas e elementares, sendo que as complexas são formadas pelas elementares, pois estas representam o primitivo da linguagem. Essas sentenças são formadas por proposições que podem ser proposições com sentido, sendo estas verdadeiras ou falsas, proposições da lógica (contradições e tautologias) que são as proposições sem sentido e as proposições absurdas. Toda a linguagem logicamente analisada nos da sentido, porque através das sentenças chegamos as proposições elementares que de forma isomorficamente se liga aos fatos atômicos que são formados por objetos, esta mesma estrutura lógica vai edificar o mundo, a linguagem e o pensamento .

Só se pode dizer algo sobre o mundo através das proposições. Tudo o que não seja auto-evidente ou empiricamente demonstrável é mero contra-senso. O que não podemos dizer não podemos conhecer; "sobre o que não conseguimos falar, devemos silenciar"

CONCLUSÃO

Wittgenstein propunha através da linguagem perfeita garantir a compreensão do mundo, entende que os problemas filosóficos existem porque não compreendem a lógica da linguagem, na verdade os problemas propostos são falsos, somente através do conhecimento da linguagem torna possível saber o que pode ser dito , ele entende que a lógica é a essência do mundo.

Porém na sua segunda obra Investigações Filosóficas, ele refuta suas próprias idéias e parte para o campo pratico da linguagem, não apenas mais uma linguagem ou uma única lógica.

"Minhas proposições" - diz Wittgenstein - "elucidam dessa maneira: quem me entende acaba por reconhecê-las como contra-sensos, após ter escalado através delas - por elas - para além delas. (Deve, por assim dizer, jogar fora a escada após ter subido por ela.)" (6.54).