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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Ludwig Wittgenstein (1889-1951) austríaco, formado no círculo de Viena. Autor de "Tractatus Logico-Philosophicus", publicado em 1921, foi um dos filósofos mais influentes do século 20. Escreveu que a lógica formal poderia resolver todos os problemas da filosofia, pensamento este também de Russel e Frege. Foi o principal responsável pela virada lingüística da filosofia, movimento que colocou a linguagem no centro da reflexão filosófica, deixando de figurar apenas como um meio para nomear as coisas ou transmitir pensamentos. O que torna possível a significação lingüística? O que a linguagem pode nos dizer a respeito do mundo, de tudo aquilo que o constitui. Vai se preocupar com a lógica da linguagem, quais são os elementos lógicos que darão significado para a linguagem

A CONCEPÇÃO DE LÓGICA DE WITTGENSTEIN NO TRACTATUS

Wittgenstein nos trás a filosofia da linguagem, para ele era possível o desenvolvimento de uma linguagem logicamente perfeita, já não era suficiente a tradição critica onde a linguagem, pensamento e a realidade eram representados pela sofistica através da argumentação, discurso, investigação sendo que através desses recursos a filosofia avaliava o grau de verdade do que era proposto, e a tradição lógica onde se busca num discurso a fala correta ou incorreta, se as coisas são ou não são. Wittgenstein inicia esclarecendo sua concepção de mundo onde este não é a totalidade das coisas e sim a totalidade dos fatos, ou ainda, a totalidade dos estados de coisas. Se o mundo pode ser pensado, tal reflexão poderá revelar traços essências da estrutura do mundo. “Especificar a essência da proposição significa especificar a essência de toda a descrição, portando a essência do mundo”.

Pensar as coisas por si só não dá a elas um sentido, é preciso relacioná-las a outras coisas, para através de proposições verificarem se são verdadeiros ou falsos. É a linguagem que constrói nosso senso de mundo, nosso meio e nossas experiências. Os conectivos devem ser tais que o valor de verdade da sentença complexa seja inteiramente determinado pelos valores de verdade de suas partes. Segundo Wittgenstein há sentenças complexas e elementares, sendo que as complexas são formadas pelas elementares, pois estas representam o primitivo da linguagem. Essas sentenças são formadas por proposições que podem ser proposições com sentido, sendo estas verdadeiras ou falsas, proposições da lógica (contradições e tautologias) que são as proposições sem sentido e as proposições absurdas. Toda a linguagem logicamente analisada nos da sentido, porque através das sentenças chegamos as proposições elementares que de forma isomorficamente se liga aos fatos atômicos que são formados por objetos, esta mesma estrutura lógica vai edificar o mundo, a linguagem e o pensamento .

Só se pode dizer algo sobre o mundo através das proposições. Tudo o que não seja auto-evidente ou empiricamente demonstrável é mero contra-senso. O que não podemos dizer não podemos conhecer; "sobre o que não conseguimos falar, devemos silenciar"

CONCLUSÃO

Wittgenstein propunha através da linguagem perfeita garantir a compreensão do mundo, entende que os problemas filosóficos existem porque não compreendem a lógica da linguagem, na verdade os problemas propostos são falsos, somente através do conhecimento da linguagem torna possível saber o que pode ser dito , ele entende que a lógica é a essência do mundo.

Porém na sua segunda obra Investigações Filosóficas, ele refuta suas próprias idéias e parte para o campo pratico da linguagem, não apenas mais uma linguagem ou uma única lógica.

"Minhas proposições" - diz Wittgenstein - "elucidam dessa maneira: quem me entende acaba por reconhecê-las como contra-sensos, após ter escalado através delas - por elas - para além delas. (Deve, por assim dizer, jogar fora a escada após ter subido por ela.)" (6.54).

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