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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Não julgueis, para que não sejais julgados.
-- Mateus 7:1

PENSAMENTO:
Você é crítico? Você acha que pode julgar o motivo do coração de
outra pessoa? Você é crítico e negativo em relação às ações de
outras pessoas? Jesus quer que todos nós saibamos que não podemos
conhecer as motivações dos corações de outros. Quando somos
injustamente duros e destrutivamente críticos no julgamento de
outros, estamos definindo o padrão pelo qual Deus nos julgará. Eu
não sei o que você acha, mas eu não estou disposto a trocar a graça
de Deus pela minha dureza irracional. Eu quero me esforçar mais
para ver outros com misericórdia e graça.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

VERSÍCULO:
eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na
unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste,
como também amaste a mim.
-- João 17:23

PENSAMENTO:
Como o mundo saberá que Deus enviou seu Filho? Através da nossa
unidade! Como o mundo saberá que Deus realmente nos ama como seus
filhos? Quando vivermos em união. O que é esta unidade? É difícil
definir. A base da unidade é uma vida de caráter tão de acordo com
a vontade de Deus, que Ele pode ser visto vivendo em nós! Mas para
este tipo de unidade ser visto pelo mundo, tem que transparecer na
maneira em que nós trabalhamos uns com os outros na causa do
evangelho, na maneira como lidamos com nossas diferenças, na
maneira como nós, como um grupo, tratamos pessoas do mundo, e na
maneira como nos unimos em áreas que decididamente são importantes
para Deus. Que seja desta maneira!

ORAÇÃO:
Pai, por favor, ajude-nos, seus filhos, a nos unir em maneiras
que honrem ao Senhor, que revelem seu caráter, e que leve outros a
invocar Jesus como Senhor. No nome de Jesus Cristo eu oro. Amém.

http://www.iluminalma.com.br/dph/4/0722.html

sábado, 11 de julho de 2009

O Deus que Surpreende – 1 Reis 19.1-18

Introdução

Vivemos em um período de manifestações espetaculares. Vivemos em um período no qual todas as coisas tomam proporções que muitas vezes não têm. Fruto dos meios de comunicação. Fruto do poder do marketing, que engrandece produtos, pessoas, acontecimentos e coisas.

E em meio a essas manifestações, parece que nada mais nos surpreende. Estamos tão acostumados a ver e ouvir grandes acontecimentos que do dia para a noite tomam as páginas dos jornais e a tela da televisão, que já não prestamos mais atenção no que realmente importa. Já não prestamos atenção às coisas pequenas, tidas como insignificantes.

Em vista disso é importante meditar no Deus que Surpreende. No Deus que se manifesta de forma surpreendente. E é isto que vemos no texto de 1 Reis 19.1-18: uma página do ministério do profeta a Elias. Muitos de nós, desde a mais tenra idade, ouvimos grandes histórias deste que consideramos um herói da fé. Um herói bíblico.

O ciclo de Elias, isto é, a narrativa da trajetória do profeta Elias nos traz muitos aspectos de uma vida dedicada ao Senhor. De uma vida de vitórias. Uma vida pautada nos princípios do Deus de Israel. Mas não menos que uma vida humana. Sim, uma vida nos limites da condição humana.

Elias em uma situação limite

No texto, Elias está numa situação limite. Elias está, podemos dizer, em um beco sem saída. Elias, o profeta fiel à aliança do Senhor Deus, está conturbado. Ele se encontra em uma situação de extrema gravidade. Por um lado, ele está ameaçado de morte pelos profetas de Baal, como pode ser visto no capítulo anterior (1 Reis 18.20ss). Por outro lado, está jurado de morte pela então rainha Jezabel, mulher de Acabe, rei de Israel. Aos profetas de Baal, morte. Elias sai vitorioso. Mas contra o poder de Jezabel o profeta nada pode. Elias está à mercê deste poder. Está com sua vida ameaçada. Elias está com a sua vida por um triz. Está na corda bamba.

O texto apresenta o estado de ânimo de Elias, como desolador. Não quero e não tenho condições para fazer uma análise psicológica da situação. Todavia, as palavras da narrativa denotam um momento de desconsolo, um momento de descaracterização do ser humano. Elias está pedindo a morte (verso 4). Tragicamente o profeta, que sozinho há pouco havia zombado e derrotado os 400 profetas de Baal (1 Reis 18.20ss), agora pede a morte. Encontramos Elias em uma situação de tristeza, de amargura, de perseguição, de dor. Pedindo para si a morte numa situação limite. Elias parece ter bem claro que a saída desse beco é a sua própria sepultura. E a saída não é pela esquerda ou pela direita ou pela frente, mas para baixo, para dentro de uma cova. A única possibilidade que o profeta vê é a morte. E a única coisa que Elias pode pedir é a morte. Não pede livramento, nem ajuda, mas tão somente a morte. Sentou-se embaixo de um arbusto e pediu para si a morte.

Elias não é um único a ter essa experiência de pedir para si a morte. Jó teve a mesma experiência (Jó 3). Jeremias tem a mesma experiência (Jeremias 20). Em uma situação de extrema gravidade como a de Elias, em uma situação de sofrimento como Jó, em uma situação de perseguição como Jeremias, eles pedem para si a morte. É uma situação desesperadora. Mas é graças a Deus que Elias está nesta situação. É graças à palavra de Javé, é graças ao seu ministério profético, é graças a sua luta política, religiosa e civil que ele está nessa situação. Uma situação de desolação, uma situação limite.

Ele deita, angustiado, e só faz dormir. Um anjo o acorda uma vez e o alimenta e ele volta a dormir. Uma situação de espera. Elias está em compasso de espera, pois orou e está esperando uma resposta de Deus. Porque é um homem acostumado orar. Um homem acostumado a pedir e ouvir uma resposta. A orar e acontecer. E ele está aguardando. E a resposta vem na direção contrária. – Elias, levanta-te, e come! Fortifica-te, porque o caminho que tens pela frente é longo. (verso 7). E Elias vai para o Horebe.

Elias no monte Horebe

As montanhas no Antigo Testamento, e em todo o Antigo Oriente, eram consideradas a habitação dos deuses. O lugar onde se pode encontrar Deus. E o Senhor é o Deus que se manifesta não apenas nos montes, mas fora deles também. E encontramos o Senhor nosso Deus no Sinai, no Horebe, no Sião, no Hermom.

Elias se dirige para o Horebe. É interessante, no texto, o fato de que Elias tendo que ir para o caminho de Damasco, se dirija para o Horebe. Porque existe uma fórmula bastante eficaz de se fugir de Deus, para se esconder: É se por em evidência. E Elias, fugindo de Deus e pedindo a morte, vai justamente para o monte que o Senhor vai se manifestar.

E entra numa caverna. Passa a noite. E nesta caverna, escondido, com medo, Elias está apavorado com a possibilidade de ser humilhado e morto por Jezabel. É melhor morrer, antes do que se entregar com vida nas mãos dos inimigos. Porque derrotado o servo, seu senhor também estará derrotado. Derrotado Elias, o Senhor também estará. E com medo, e temor, e tremor Elias vai para dentro da caverna no monte Horebe. Escondendo-se, e fugindo do seu ministério, do seu trabalho, da sua vida. E é nessa caverna que a palavra do Senhor lhe vem.

Que fazes aqui Elias? (verso 9). O que você está fazendo aqui Elias? O caminho é longo. O caminho é em direção a Damasco. É necessário coroar um rei. É necessário ungir um profeta. É necessário viver a vida cotidiana, voltar à vida pública, à política, ao ministério, à carreira proposta. E você dentro da caverna. Que fazes aqui Elias? E a resposta é uma confissão de fé: – Senhor, eu tenho sido zeloso ... os filhos de Israel deixaram a aliança, derribaram os altares, e mataram os profetas e eu fiquei só e procuram tirar a minha vida. (verso 10). Isso parece plenamente justificável. Qual de nós humanos conscientes da nossa condição, do nosso limite não entraria também e se esconderia em uma caverna. Estrategicamente é a melhor coisa a fazer: Esconder-se até que a tempestade passe. Até que a ameaça se dissipe. Até que tudo volte ao normal. Mas o texto vai mostrando que a vida só voltará ao normal com suas lutas e com suas dificuldades. A vida só voltará ao normal se Elias puder caminhar novamente. Se Elias puder cumprir a sua missão. Se Elias puder ir adiante.

Deus surpreende Elias

E começam as demonstrações às quais Elias estava acostumado. – Dispõe-te e vai à porta da caverna, Elias. E o Senhor passará diante de ti. Eis que o Senhor passava e um grande e forte vento despedaçava as penhas diante dele. Porém o Senhor não estava no vento. Depois do vento, um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto. Depois do terremoto um fogo, mas o Senhor não estava no fogo. E depois do fogo um cicio tranqüilo e suave. (versos 11-12). Vento, terremoto, fogo são elementos da Teofania de Deus no Antigo Testamento. É assim que Deus se manifesta. Para Moisés ... – tira as sandálias dos pés porque o lugar onde estás é santo. E a sarça ardia e não se consumia. Trovão, tempestade, saraiva, fogo e granizo faziam parte da maneira de Deus se manifestar. Elias estava acostumado com essas manifestações de poder. Um vento forte que fendia a pedra, abalava os montes. Era uma manifestação espetacular, como fogo e fumaça. Se atualizados para os dias de hoje seria com fogos de artifício, ribombar de trovões e banda marcial. Deus se manifestava ao seu povo, que estava acostumado a vê-lo poderosamente através do fogo, do terremoto, das grandes vagas, das grandes ondas. Um poder de manifestação só conhecido pelos que participaram dessa história.

Mas surpreendentemente o Senhor não está no vento. Surpreendentemente Deus não está no terremoto. Surpreendentemente o Senhor Deus não está no fogo. Elias vai ouvir a voz de Deus numa brisa leve. O Senhor, surpreendentemente, passa numa brisa leve. Nem vento, nem terremoto, nem fogo, nem grandes águas, mas uma brisa. Uma brisa que Elias pode sentir na sua face. Uma brisa de calma, de paz, de tranqüilidade. Em uma brisa leve está o Senhor. Está se manifestando de uma forma inusitada, de uma forma até então desconhecida, de uma forma surpreendente. Deus se manifesta de forma surpreendente. E para Elias, acostumado a manifestações de poder, de glória, de fogo, de fumaça, como vira no capítulo anterior quando desceu fogo e consumiu o holocausto. E as chamas lamberam a água que estava ao redor do sacrifício e consumi até mesmo as pedras do altar. Agora esse mesmo Deus, com esse mesmo poder, aparece, se manifesta, se dá a conhecer e fala por meio de uma brisa leve.

Ouvindo Elias Deus falar, envolveu seu rosto no seu manto e se pôs à entrada da caverna. E eis que veio uma voz e disse Que fazes aqui Elias? (verso 13). E novamente a repetição do que fora dito no verso 10. – Senhor, eu tenho sido zeloso ... os filhos de Israel deixaram a aliança, derribaram os altares, e mataram os profetas e eu fiquei só e procuram tirar a minha vida. (verso 14). A palavra do Senhor é esta: – Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e em chegando lá unge a Hazael rei sobre a Síria, a Jeú o rei sobre Israel e a Eliseu profeta em teu lugar. Pois também eu conservei em Israel três mil joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou.(versos 15-18).

Elias retoma seu caminho

A vida retoma o seu ritmo normal quando Elias retoma o seu caminho animado pela palavra de Deus. Quando de forma surpreendente ouve a voz do Senhor. Elias retoma o seu caminho, o seu ministério. Continua com medo, continua tomado de medo, mas agora não é o medo que o leva à frente. Agora é a companhia de Deus que o anima. É a reconsideração de que Deus está presente exatamente nas horas em que se precisa Dele. É isso que anima o profeta a ir adiante. Que anima profeta a continuar fazendo política. Que anima o profeta a continuar exercendo o seu ministério. A clamar contra os pecados do seu povo. A denunciar a opressão e a corrupção do reinado de Acabe. A denunciar a idolatria a Baal. O desvio em que Israel estava andando.

Elias retoma o seu caminho, se reencontra e sai de sua situação limite, do seu estado de quase morte, do seu desejo de desistir, do seu enfrentamento com a dificuldade. E retomando o seu caminho vai cumprir cabalmente o seu ministério. Vai levar adiante a sua vida. A vida vai voltar ao normal. Novas lutas, novas dificuldades. Novas situações se depararão na vida deste profeta, como se depara na vida de qualquer ser humano. Entretanto, ele saberá sempre que o Senhor, o Deus de Israel, se manifestará inusitadamente, inesperadamente, surpreendentemente.

Onde menos se espera, na situação onde menos se espera, Deus se manifesta. Porque sempre esteve ali. Porque sempre esteve amparando. Porque foi junto com Elias para baixo do Zimbro (arbusto). Porque o Senhor deitou com Elias ali. Porque Deus estava em companhia de Elias dentro da caverna. E quando Elias sai à porta da caverna Deus está ali falando com ele. A voz do Senhor é Deus presente na vida do profeta. Deus presente na vida de todos aqueles que confessam o seu nome.

Conclusão

Quero crer, e oro por isso, que ninguém esteja em uma situação tão delicada, tão conturbada, tão desesperadora quanto Elias. Mas se estiver, qualquer que for a situação, olhe nas coisas simples ao redor. Olhe nas manifestações que nos parecem insignificantes. Ao invés de olhar apenas os fogos de artifício, as bandas marciais, o festejo, olhe também para as coisas simples. Para as crianças, por exemplo. E veremos Deus presente. Ouçamos os sons inaudíveis em nosso mundo moderno e ouviremos a voz de Deus. Contemplar as paredes brancas de um hospital, o silêncio e a solidão do nosso quarto à noite. Naquele facho de luz que atravessa a nossa a janela pela manhã. E uma borboleta que pousa em nossa folhagem. Deus nos surpreende a todo o momento com a sua manifestação. Em qualquer situação.

Não conhecemos toda a vida de Elias. Mas essa situação limite foi registrada para que todos saibam que o Senhor Deus está presente onde menos esperamos. Está presente nas coisas que não observamos. Deus está presente entre nós nas coisas pequenas e insignificantes, olhemos, pois para elas e sigamos o nosso caminho com a graça do bom Deus.


Rev. Dr. José Roberto Cristofani é Pastor da Igreja Presbiteriana Independente, Doutor em Bíblia e Educador.


sexta-feira, 10 de julho de 2009

"Compreendi que a vida não é uma sonata que, para realizar sua beleza, tem que ser tocada até o fim. Dei-me conta, ao contrário, de que a vida é um álbum de minissonatas. Cada momento de beleza vivido e amado, por efêmero que seja, é uma experiência completa que está destinada à eternidade.
Um único momento de beleza e de amor justifica a vida inteira."
Rubem Alves
Concerto para corpo e alma.

” Nunca mais haverá nuvens idênticas àquelas que produziram o temporal de ontem. A despeito disto serei capaz de identificar nuvens como nunca existiram antes e dizer que delas a chuva virá. Também nunca mais terei uma laranjeira como aquela que morreu de velhice. Mas serei capaz de identificar uma outra da mesma qualidade e de prever quanto tempo levará para começar a dar os seus frutos.

Como explicar que o meu discurso sobre as coisas não fique colado às suas aparências? Parece que, ao falar, eu sou capaz de enunciar verdades escondidas, ausentes do visível, expressivas de uma natureza profunda das coisas. Tanto assim que, quando falo, pretendo que estou dizendo a verdade não apenas sobre aquele momento transitório, mas também sobre o passado e o futuro. Laranjas são doces, a água mata a sede, as estrelas giram em torno da Terra, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos: estas não são afirmações sobre o sensório imediato. Elas têm pretensões universais”.

Rubem Alves

Explicando política às crianças

Imagino que as crianças devam ficar muito confusas com as notícias da política. Resolvi, então, preparar um pequena cartilha que as ajudará a entender essa coisa misteriosa que é o centro da vida nacional e que, por vezes, quando convém aparece e quando não convém, desaparece...

1. Somos uma democracia. A democracia é o melhor sistema político. É o melhor porque nele, ao contrário das ditaduras, é o povo que toma as decisões;

2. Em Atenas, berço da democracia, era fácil consultar a vontade do povo. Os cidadãos se reuniam numa praça e tomavam as decisões pelo voto. Mas no Brasil são milhares de cidades, espalhadas por milhares de quilômetros e os cidadãos são milhões. Não podemos fazer uma democracia como a de Atenas. Esse problema foi resolvido de forma engenhosa: os cidadãos, milhões, escolhem por meio de votos uns poucos que irão representá-los. O Congresso é a nossa Atenas...;

3. Os representantes do povo, eleitos pelos votos dos cidadãos -vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores, presidente-, são pessoas que abriram mão dos seus interesses e passaram a cuidar dos interesses do povo;

4. É assim que dizem as teorias. Na prática, não é bem assim...;

5. No Brasil, são muitos os partidos que, no frigir dos ovos, se reduzem a dois: o partido das raposas e o partidodas galinhas;

6. As raposas, devotas de São Francisco, sabem que é dando que se recebe. Assim, movidas por esse ideal espiritual, elas dão milho para as galinhas...;

7. As galinhas acreditam nas boas intenções das raposas e tomam esse gesto de dar milho como expressão de amizade. A abundância do milho as faz confiar nas raposas. E, como expressão da sua confiança nascida do milho, elas elegem as raposas como suas representantes. Assim, na democracia brasileira, as raposas representam as galinhas;

8. Eleitas por voto democrático, às raposas é dado o direito de fazer as leis que regerão a vida das galinhas e das raposas...;

9. As leis que regem o comportamento das raposas não são as mesmas das galinhas. Sendo representantes do povo, precisam de proteção especial. Essa proteção tem o nome de "privilégios", isto é, leis que se aplicam só a elas;

10. Privilégio é assim: raposa julga galinha. Mas galinha não julga raposa. Raposa julga raposa. Logo, raposa absolve raposa;

11. "Todos os cidadãos são livres e têm o direito de exercer a sua liberdade." As galinhas são livres para serem vegetarianas e têm o direito de comer milho. As raposas são carnívoras e livres para comer galinhas;

12. A vontade das galinhas, ainda que de todas elas, não tem valia. Vontade de galinha solitária só serve para escolher suas representantes;

13. Permanece a sabedoria secular de Santo Agostinho, aqui em linguagem brasileira: "Tudo começa com uma quadrilha de tipos fora da lei, criminosos, ladrões, corruptos, doleiros, burladores do fisco, mafiosos, mentirosos, traficantes. Se essa quadrilha de criminosos se expande, aumenta em número, toma posse de lugares, de cargos, de ministérios, da presidência de empresas e fica poderosa ao ponto de dominar e intimidar os cidadãos -e estabelecendo suas leis sobre como repartir a corrupção-, ela deixa de ser chamada quadrilha e passa a ser chamada de Estado. Não por ter-se tornado justa, mas porque aos seus crimes se agregou a impunidade".

14.Portanto, galinhas do Brasil! Acordai! Uni-vos contra as raposas!

Nota: O texto inteiro de "Explicando política às crianças" se encontra emwww.rubemalves.com.br.

Um amigo me disse que o poeta Mallarmé tinha o sonho de escrever um poema de uma palavra só. Ele buscava uma única palavra que contivesse o mundo. T.S. Eliot no seu poema O Rochedo tem um verso que diz que temos "conhecimento de palavras e ignorância da Palavra". A poesia é uma busca da Palavra essencial, a mais profunda, aquela da qual nasce o universo. Eu acho que Deus, ao criar o universo, pensava numa única palavra: Jardim! Jardim é a imagem de beleza, harmonia, amor, felicidade. Se me fosse dado dizer uma última palavra, uma única palavra, Jardim seria a palavra que eu diria."(Clique aqui para você ler um texto sobre jardins)

Depois de uma longa espera consegui, finalmente, plantar o meu jardim. Tive de esperar muito tempo porque jardins precisam de terra para existir. Mas a terra eu não tinha. De meu, eu só tinha o sonho. Sei que é nos sonhos que os jardins existem, antes de existirem do lado de fora. Um jardim é um sonho que virou realidade, revelação de nossa verdade interior escondida, a alma nua se oferecendo ao deleite dos outros, sem vergonha alguma... Mas os sonhos, sendo coisas belas, são coisas fracas. Sozinhos, eles nada podem fazer: pássaros sem asas... São como as canções, que nada são até que alguém as cante; como as sementes, dentro dos pacotinhos, à espera de alguém que as liberte e as plante na terra. Os sonhos viviam dentro de mim. Eram posse minha. Mas a terra não me pertencia.

O terreno ficava ao lado da minha casa, apertada, sem espaço, entre muros. Era baldio, cheio de lixo, mato, espinhos, garrafas quebradas, latas enferrujadas, lugar onde moravam assustadoras ratazanas que, vez por outra, nos visitavam. Quando o sonho apertava eu encostava a escada no muro e ficava espiando.

Eu não acreditava que meu sonho pudesse ser realizado. E até andei procurando uma outra casa para onde me mudar, pois constava que outros tinham planos diferentes para aquele terreno onde viviam os meus sonhos. E se o sonho dos outros se realizasse, eu ficaria como pássaro engaiolado, espremido entre dois muros, condenado à infelicidade.

Mas um dia o inesperado aconteceu. O terreno ficou meu. O meu sonho fez amor com a terra e o jardim nasceu.

Não chamei paisagista. Paisagistas são especialistas em jardins bonitos. Mas não era isto que eu queria. Queria um jardim que falasse. Pois você não sabe que os jardins falam? Quem diz isto é o Guimarães Rosa: "São muitos e milhões de jardins, e todos os jardins se falam. Os pássaros dos ventos do céu - constantes trazem recados. Você ainda não sabe. Sempre à beira do mais belo. Este é o Jardim da Evanira. Pode haver, no mesmo agora, outro, um grande jardim com meninas. Onde uma Meninazinha, banguelinha, brinca de se fazer Fada... Um dia você terá saudades... Vocês, então, saberão..." É preciso ter saudades para saber. Somente quem tem saudades entende os recados dos jardins. Não chamei um paisagista porque, por competente que fosse, ele não podia ouvir os recados que eu ouvia. As saudades dele não eram as saudades minhas. Até que ele poderia fazer um jardim mais bonito que o meu. Paisagistas são especialistas em estética: tomam as cores e as formas e constróem cenários com as plantas no espaço exterior. A natureza revela então a sua exuberância num desperdício que transborda em variações que não se esgotam nunca, em perfumes que penetram o corpo por canais invisíveis, em ruídos de fontes ou folhas... O jardim é um agrado no corpo. Nele a natureza se revela amante... E como é bom!

Mas não era bem isto que eu queria. Queria o jardim dos meus sonhos, aquele que existia dentro de mim como saudade. O que eu buscava não era a estética dos espaços de fora; era a poética dos espaços de dentro. Eu queria fazer ressuscitar o encanto de jardins passados, de felicidades perdidas, de alegrias já idas. Em busca do tempo perdido... Uma pessoa, comentando este meu jeito de ser, escreveu: "Coitado do Rubem! Ficou melancólico. Dele não mais se pode esperar coisa alguma..." Não entendeu. Pois melancolia é justamente o oposto: ficar chorando as alegrias perdidas, num luto permanente, sem a esperança de que elas possam ser de novo criadas. Aceitar como palavra final o veredicto da realidade, do terreno baldio, do deserto. Saudade é a dor que se sente quando se percebe a distância que existe entre o sonho e a realidade. Mais do que isto: é compreender que a felicidade só voltará quando a realidade for transformada pelo sonho, quando o sonho se transformar em realidade. Entendem agora por que um paisagista seria inútil? Para fazer o meu jardim ele teria que ser capaz de sonhar os meus sonhos...

Sonho com um jardim. Todos sonham com um jardim. Em cada corpo, um Paraíso que espera... Nada me horroriza mais que os filmes de ficção científica onde a vida acontece em meio aos metais, à eletrônica, nas naves espaciais que navegam pelos espaços siderais vazios... E fico a me perguntar sobre a perturbação que levou aqueles homens a abandonar as florestas, as fontes, os campos, as praias, as montanhas... Com certeza um demônio qualquer fez com que se esquecessem dos sonhos fundamentais da humanidade. Com certeza seu mundo interior ficou também metálico, eletrônico, sideral e vazio... E com isto, a esperança do Paraíso se perdeu. Pois, como o disse o místico medieval Angelus Silésius:


Se, no teu centro
um Paraíso não puderes encontrar,
não existe chance alguma de, algum dia,
nele entrar.

Este pequeno poema de Cecília Meireles me encanta, é o resumo de uma cosmologia, uma teologia condensada, a revelação do nosso lugar e do nosso destino:

"No mistério do Sem-Fim,
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro:
no canteiro, urna violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o Sem-Fim,
a asa de urna borboleta."

Metáfora: somos a borboleta. Nosso mundo, destino, um jardim. Resumo de uma utopia. Programa para uma política. Pois política é isto: a arte da jardinagem aplicada ao mundo inteiro. Todo político deveria ser jardineiro. Ou, quem sabe, o contrário: todo jardineiro deveria ser político. Pois existe apenas um programa político digno de consideração. E ele pode ser resumido nas palavras de Bachelard: "O universo tem, para além de todas as misérias, um destino de felicidade. O homem deve reencontrar o Paraíso." (O retorno eterno, p 65)

Rubem Alves

"O Senhor vosso Deus vai adiante de vós, ele pelejará por vós..."Deuteronômio 1.30

Você ficou cansado na luta da vida e se sente prostrado..Situações injustas, tratamento injusto, castigo injusto, ameaça de enfermidade, preocupações e aflições, provações extenuantes –Escute o que diz a Bíblia: "O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis."Ele sabe pelejar muito melhor do que você. Diante dEle nenhum inimigo pode resistir. Por que você ainda luta com suas próprias forças? Porque inconscientemente você pensa que ainda tem suficiente força, que pode fazer as coisas sozinho. Mas você será derrotado: "Ele me abateu a força no caminho." Por quê? Para que você pare de lutar! Pois Jesus lutou vitoriosamente por você. A luta que você trava, tem sua origem na ilusão que você tem de que pode fazer as coisas à sua moda, de que tem condições de resolver os problemas por conta próprio. Entregue-se completamente nas mãos do Senhor. Ele pelejará por você!

"Deus continuou: Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa." Êxodo 3.5

O que Deus revelou ao seu servo Moisés?

– Sua santidade: Esta sempre é a primeira coisa que o Senhor revela aos Seus filhos: Ele os confronta com Sua santidade! Somos obrigados a tirar nossos calçados na presença do Senhor, e isso significa nos despojar de todas as coisas deste mundo.

– Sua fidelidade: "Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó." Em outras palavras: Eu sou o eternamente fiel, que carregou e sustentou seu pai e que quer carregar também a você. Eu o sou! O Senhor tomou de Moisés a fé e a confiança que ele tinha em si mesmo e, através da revelação de Sua fidelidade, encheu-o com fé e confiança no Senhor.

Como reagiu Moisés em relação à revelação do Senhor? "Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus." Esta foi a vitória! O Senhor havia esperado por essa reação. Somente agora Moisés estava apto a ser chamado e usado pelo Senhor. Em outras palavras, somente quando somos tomados pelo temor do Senhor através de um encontro real com Ele é que estaremos em condições de sermos úteis e frutíferos no ministério que Ele nos confiou!

Extraído do livro "Pérolas Diárias" (de Wim Malgo)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela.

Albert Einstein

A verdade é que não te amo com meus olhos que descobrem em ti mil defeitos, mas com meu coração, que ama o que os olhos desprezam.

Shakespeare

BILHETE
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

Mário Quintana
A moral, propriamente dita, não é a doutrina que nos ensina como sermos felizes, mas como devemos tornar-nos dignos da felicidade.kant.
Nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem que muitas vezes poderíamos obter, por medo de tentar. (Shakespeare)
A maior represália contra um inimigo é perdoá-lo. Se o perdoamos, ele morre como inimigo e renasce a nossa paz. O perdão nutre a tolerância e a sabedoria. (Augusto Cury)
VERSÍCULO:
Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de
finas jóias.
-- Provérbios 31:10

PENSAMENTO:
O que aconteceria se valorizássemos nossos cônjuges? O que
aconteceria se publicamente nós valorizássemos uma esposa fiel,
mais do que uma atrizinha novata? O que aconteceria se caráter
fosse mais valorizado do que dinheiro? Eu acredito que nossa
cultura seria transformada, nossos casamentos melhorados, e as
crianças se tornariam mais fortes e bem ajustadas. Eu sei que Deus
se agradaria!

ORAÇÃO:
Obrigado, Santo Pai, pelas grandes mulheres de fé que vejo nas
Escrituras. Obrigado pelas mulheres piedosas que tenho conhecido no
seu Reino. Por favor, use-me para mostrar que mulheres piedosas são
valiosas, especialmente aquelas que são esposas virtuosas e que têm
caráter cristão. No nome de Jesus eu oro. Amém.

http://www.iluminalma.com.br/dph/4/0709.html

quarta-feira, 8 de julho de 2009

VERSÍCULO:
Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns
pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a
súplica do justo.
-- Tiago 5:16b

PENSAMENTO:
Tantos corações, esperanças e lares são quebrados pelo pecado.
Isto infecta nossa cultura e invade nossas vidas. Deus providenciou
um empecilho para o pecado e um meio de perdoar sua culpa:
confissão honesta e genuína do nosso pecado. No coração da
confissão está uma paixão por ver pecado do jeito que Deus vê, e
uma angústia pela participação nele. Não é de admirar que confissão
tem tanto poder para curar (1 Jo 1:5-2:2). Não se admire de Deus
querer que confessemos nossos pecados uns aos outros, e então que
venhamos a Ele para a cura uns dos outros, tanto do pecado em si,
quanto de suas conseqüências. Não é de admirar que Deus dá tanto
poder à oração de um justo que intercede por uma pessoa que
confessou. Confessemos nossos pecados, e deixemo-los para trás.

Pequenas Felicidades


Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.

Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.

Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que as coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para vê-las assim.

Autor desconhecido

HISTÓRIA DA IGREJA

Estudo sobre os Apócrifos

Apócrifos são livros referentes ao Canon do Velho Testamento que não aparecem nas versões evangélicas e hebraicas da Bíblia, ou seja, não são aceitos pelos protestantes.

O que significa – Apócrifos ?

Apocrypha – refletem os problemas quanto à concepção de sua canocidade, e no grego significa “oculto’ no século III e IV o termo foi aplicado aos livros não canônicos do antigo testamento. Na era da reforma o termo oi aplicado aos escritos judaicos não-canonicos originários no período.

Natureza e numero dos apócrifos do antigo testamento

Há 15 livros apócrifos e são eles 14 da epistola de Jeremias se unir a Baruque, com exceção de 2Esdras, esses livros preenchem a lacuna entre Malaquias e Mateus.

Significado da palavra cânon

De origem hebraica, significa regra, norma. Literalmente vara ou instrumento de medir. Significado figurado é a regra ou critérios que comprovam a autenticidade e inspiração dos livros bíblicos. Canônico é o que esta de acordo com o Canon.

Diferenças entre as Bíblias:

· Hebraica: contém somente os 39 livros n A.T,

Rejeitam os 27 do NT, como inspirados

Não aceitam Jesus como Messias

Não aceitam os livros apócrifos incluídos na vulgata

· Protestante: contém 39 livros do VT e também os 27 do NT

Rejeita os livros apócrifos incluídos na vulgata, com não canônicos

· Católica: contém os 39 VT e os 27 do NT

Inclui os livros Apócrifos ( Tobias, Judite, sabedoria, eclesiástico, Baruque, 1 e 2 Macabeus e seis capítulos e dez versículos dos livros de Ester e Daniel)

Como os apócrifos foram aprovados

A igreja romana aprovou esses livros em 8 de abril de 1546, como meio de combater a reforma protestante, houve prós e contra dentro dessa própria igreja.

No concilio de Trento, houve várias controvérsias sobre a aprovação dos apócrifos, também houve até luta corporal entre s bispos presentes.

A primeira edição da Bíblia catolico-romana com os apócrifos deu-se em 1592, com autorização do papa Clemente VIII. Antes disso os protestantes publicaram a Bíblia com os apócrifos, colocando-os entre o AT e o NT, não como livros inspirados.

Porque rejeitamos os apócrifos

· Porque com o livro de Malaquias o cânon Bíblico havia se encerrado

· Porque a inclusão dos apócrifos foi acidental

· Houve testemunhas contra os apócrifos

· Porque contém lendas, erros e heresias

Estes livros, seja qual for o valor devocional ou eclesiástico que tiverem, não são canônicos, e isto se comprova pelos seguintes fatos:

· A comunidade judaica jamais os aceitou como canônicos;

· Não foram aceitos por Jesus, nem pelos autores do NT;

· A maior parte dos primeiros grandes pais da igreja rejeitou sua canocidade;

· Nenhum concilio da igreja os consideraram canônicos senão no final do século IV;

· Jerônimo, o grande especialista bíblico e tradutor da Vulgata, rejeitou fortemente os livros.

· Muitos estudiosos romanos também os rejeitaram

· Nenhuma igreja anglicana, ortodoxa grega ou protestante os reconheceu como canônicos.

· Os apócrifos não reivindicam ser proféticos.

· Não detém a autoridade de Deus.

· Contem erros históricos.

· Trata-se de textos repetitivos.

· Há evidente ausência de profecia, o que não ocorre nos livros canônicos.

· Os apócrifos nada acrescentam ao nosso conhecimento das verdades messiânicas

· O povo de Deus, a quem foram apresentados, recusou-os.

Estes livros apócrifos do AT têm recebido diferentes grau de aceitações pelos cristãos , a maior parte dos protestantes os aceitam com valor religioso e histórico, sem terem autoridade canônica.

Desde o concilio de Trento os católicos os aceitam como canônicos, porém tem defendido a idéia de uma deuterocanonicidade, mas ainda são usados para dar apoio a doutrinas extrabiblicas

4

Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus.

5

E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe.

6

Mas, se alguém fizer cair em pecado um destes pequenos que crêem em mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó de um moinho e o lançassem no fundo do mar.

7

¶ Ai do mundo por causa dos escândalos! Eles são inevitáveis, mas ai do homem que os causa!

8

Por isso, se tua mão ou teu pé te fazem cair em pecado, corta-os e lança-os longe de ti: é melhor para ti entrares na vida coxo ou manco que, tendo dois pés e duas mãos, seres lançado no fogo eterno.

9

Se teu olho te leva ao pecado, arranca-o e lança-o longe de ti: é melhor para ti entrares na vida cego de um olho que seres jogado com teus dois olhos no fogo da geena.

10

Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos, porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está nos céus.

Mateus 18:1

en ekeinh th wra proshlqon oi maqhtai tw ihsou legonteV tiV ara meizwn estin en th basileia twn ouranwn

Mateus 18:2

kai proskalesamenoV paidion esthsen auto en mesw autwn

Mateus 18:3

kai eipen amhn legw umin ean mh strafhte kai genhsqe wV ta paidia ou mh eiselqhte eiV thn basileian twn ouranwn

Mateus 18:4

ostiV oun tapeinwsei eauton wV to paidion touto outoV estin o meizwn en th basileia twn ouranwn

Mateus 18:5

kai oV ean dexhtai en paidion toiouto epi tw onomati mou eme decetai

Mateus 18:6

oV d an skandalish ena twn mikrwn toutwn twn pisteuontwn eiV eme sumferei autw ina kremasqh muloV onikoV peri ton trachlon autou kai katapontisqh en tw pelagei thV qalasshV

Mateus 18:7

ouai tw kosmw apo twn skandalwn anagkh gar elqein ta skandala plhn ouai tw anqrwpw di ou to skandalon ercetai

Mateus 18:8

ei de h ceir sou h o pouV sou skandalizei se ekkoyon auton kai bale apo sou kalon soi estin eiselqein eiV thn zwhn kullon h cwlon h duo ceiraV h duo podaV econta blhqhnai eiV to pur to aiwnion

Mateus 18:9

kai ei o ofqalmoV sou skandalizei se exele auton kai bale apo sou kalon soi estin monofqalmon eiV thn zwhn eiselqein h duo ofqalmouV econta blhqhnai eiV thn geennan tou puroV

Mateus 18:10

orate mh katafronhshte enoV twn mikrwn toutwn legw gar umin oti oi aggeloi autwn en ouranoiV dia pantoV blepousin to proswpon tou patroV mou tou en ouranoiV


estudo sobre o livro de Êxodo

ÊXODO : A MENSAGEM

“Eu sou o Senhor teu Deus , que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim” Ex. 20.2-3

Êxodo é derivado de seu nome na Lxx: “êxodos” saída, o livro reconta o fato que formou Israel : a “saída do Egito”, centra-se em dois atos :

1 Deus livrou com poder o povo escravizado no Egito ( 1.1-18.26)

2 Deus firmou uma aliança com esse povo ( 19.1 – 40.38)

Sendo o ponto alto a redenção.

A importância de Moisés

Moisés é a figura chave das narrativas do Pentateuco, de Êxodo a deuteronômio, ele é considerado o fundador da religião de Israel, promulgador da lei , organizador das tribos, além de líder carismático.

O livro começa relatando o grande aumento populacional dos hebreus no Egito, e com isso o farao começou a temer pela segurança da nação, e reduziu esse povo a escravos, onde foram trabalhar na construção no Delta, especialmente nas cidades de Pitom e Ramessés, alem disso o farao decretou que todos os recém-nascidos do sexo masculino hebreu deveria ser afogado no rio Nilo.

Nessas circunstâncias nasceu Moisés, não se tem maiores detalhes do crescimento de Moisés na corte, apenas que foi adotado pela filha do faraó, após a mesma te-lo encontrado num cesto no rio Nilo.

Em seguida Moisés é mencionado já adulto, onde se refugia em Mídia, após ter matado um opressor egípcio. Ali estabeleceu-se com Jetro, sacerdote de Mídia, e casou-se com sua filha, Zipora com quem teve dois filhos.

A narrativa relata que o faraó que estava a procura de Moisés morreu (2.23-25) e também afirma que Deus ouviu os lamentos de seu povo, e coloca em ação o livramento do povo da escravidão egípcia.

O chamado de Moisés – Pastoreava as ovelhas, perto do monte Horebe “o monte de Deus”, quando teve uma visão, uma sarça ardia mas não se consumia (3.2), ao se aproximar foi abordado por Deus que o comissionou “Vem,agora, eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do egito”(v10)

O pastor tornar-se-ia libertador.

Moisés levantou uma série de objeções (3.11- 4.17). Nesse dialogo presenta-se um material de grande implicação teológica:

1. A revelação do nome divino – Moisés objetou:

“eis que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: Deus de vossos pais me enviou a vós outros; e eles me perguntarem qual é o seu nome ? que lhes direi?” (v.13) Deus respondeu com uma revelação;

“Eu sou o que sou...assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós outros ...O senhor, Deus de vossos pais, o Deus de Abraão....”(v14).

Precisamos entender que , nos tempos antigos, o nome estava relacionado a essência da pessoa. A importância do nome de Deus pode ser vista em 33.18.

Ao revelar o seu nome pessoal, Deus tornava-se acessível ao seu povo em comunhão e em poder salvador.

2. Moisés , o profeta - Moisés continuou com objeções quanto ao seu chamado, ele alegou ser pesado de boca e de língua, Deus replicou e não desistiu de seu mensageiro teimoso. Atendendo por fim ao chamado de Deus ( 4.8) tornando-se então profeta de Deus por excelência (Dt 18.15-20; Os 12.13).

As Pragas e as Páscoa

Quando Moisés confrontou o faraó, recebeu um sonoro não:

“Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz, e deixe ir a Israel? Não conheço o Senhor, nem tão tampouco deixarei ir a Israel.” (5.2).

Estava para começar uma batalha entre Deus e o faraó, Deus evidenciou seu poder e autoridade numa série de dez catástrofes ou pragas ( 9.14) que devastariam o Egito.

As primeiras nove pragas compõem uma série continua (7.8-10.29)

Um estudo importante mostra que as nove pragas estão em perfeita harmonia com os fenômenos naturais do Egito.

1 Inundação anormal do rio Nilo : onde as águas elevadas varreram grande quantidades de terra onde havia microorganismos avermelhados chamados flagelados tornando o Nilo vermelho sangue e pútrido, matando os peixes;

2 As rãs – os peixes em decomposição fizeram com que as rãs fugissem da beira do Nilo e as infectaram provocando assim sua morte;

3 Mosquitos e moscas – se reproduziram nas condições das águas contaminadas após inundação;

4 Doença do gado – era o antraz, causado pela morte das rãs;

5 As feridas em homens e animais – seria o antraz de pele, transmitido pelos mosquitos e moscas contaminados;

6 Granizo e trovões – destruiriam o linho e a cevada, mas deixaram o trigo e a espelta;

7 Os gafanhotos – quantidade imensa deles que devastaram essas plantações;

8 Escuridão – descreve bem um hamsin;

Deus usa a ordem criada para seus próprios fins.

Entretando a décima praga – a morte do primogênitos – não tem explicação natural, essa catástrofe é descrita numa situação bem complexa ( 12.1 – 13.16).

A Páscoa

A origem desta festividade é sugestiva que venha antes de Moisés e do êxodo, continua com a celebração da ultima ceia transformando-se assim numa comemoração da morte de Jesus, prenunciado pela Pascoa e antiga aliança.

O livramento no mar de juncos

Os israelitas, fortalecidos e unidos pela solene refeição da Pascoa, partiram do Egito (12.37 - 42), embora sua rota exata não seja conhecida, por fim chegaram á margem do "mar dos juncos", essa massa de agua era uma barreira natural á entrada no Sinai.

"Assim , o Senhor livrou Israel, naquele dia, da mão dos egipcios; e Israel viu os egipcios mortos na praia do mar. E viu Israel o grande poder que o Senhor exercitara conra os egipcios; e o povo temeu ao Senhor e confiaram no senhor e em Moisés, seu servo".

Em resposta a esse livramento, Moisés compôs um cântico de vitória e louvor(15.1-18), Israel em toda sua história tem lembrado esse grande livramento como o elemento constitutivo pelo qual eles se tornaram povo de Deus.

A Aliança e a lei no Sinai

Após o livramento no mar, Israel viaou até o Sinai, o povo acampou diante dele, e Moisés subiu ao monte para encontrar-se com Deus, ali Deus lhe informou que entraria numa aliança com seu povo e anunciou as condições:

"Se deligentemente ouvirdes a minha voz, e guardades a minha aliança" (19.5).

A aliança é um meio de estabelecer um relacionamento, Israel é convidado a se relacionar de uma maneira especial com Deus e aceita o convite (19.8), a aliança é ratificada por meio de uma cerimonia solene. O valor da aliança é de vida ou morte.

Sua história só pode ser compreendida á luz dessa aliança, ao longo do tempo Israel quebrou a aliança tantas vezes, e Deus tem mostrado toda sua misericordia.

O tabernáculo

Duas passagens longas descreve o tabernáculo e seus utensilios. ( 25 ao 31), Deus revela a Moisés os planos, os materiais e os desígnos para construí-los.

O tabernáculo era um santuário portátil, dentro dos santos dos santos ficava a arca, que continha os dez mandamentos, no santo lugar o altar de incenso, o candelabro e a mesa com o "pão da Presença", o tabernáculo era colocado num pátio de 45m por 22m, no pátio ficava o altar das ofertas queimadas e entre ele e o tabernáculo a bacia.

Em 25.8 Deus diz :"E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles", portanto era o localda presença de Deus com o seu povo.

O Bezerro de ouro

Em êxodo 32-34 registra a violação da aliança, onde Israel adora o Bezerro de ouro, e o diálogo de Moisés com Deus pedindo a presença divina e a renovação da aliança.

Essa narrativa surpreendente revela o poder na intercessão, ele insiste na plena restauração e no perdão "Segue em nosso meio..."(34.9).

A renovação da aliança, que se segue em 34-10.28, indica sem duvida que Deus de fato perdoou Israel, temos aqui uma teologia da graça sem igual no A.T.

Tendo por base seu caráter clemente e misericordioso, Deus restauraria seu povo vezes sem conta.

Ellis Silva


estudo de Mateus 18-1:5

1Naquele momento os discípulos chegaram a Jesus e perguntaram: "Quem é o maior no Reino dos céus?"

2Chamando uma criança, colocou-a no meio deles,

3e disse: "Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus.

4Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus.

5"Quem recebe uma destas crianças em meu nome, está me recebendo”

3 – Análise histórico-cultural e contextual

A) determinar o meio ambiente geral histórico e cultural do escritor e seus leitores.

O autor de Mateus estava a vontade num ambiente de fala grega, e escreveu para cristãos de língua grega, a maioria de origem judaica, presume-se que Mateus tenha sido escrito em Antioquia ou em algum lugar da Síria.

Quanto ao autor , Mateus não traz nenhuma referência direta a seu autor. O mais antigo testemunho, no caso, é a famosa passagem de Papias, que se refere ao Mateus canônico, suas informações apenas se pode provar a correção do nome”Mateus”, presumi-se que se trata do mesmo Matthaios encontrado em todas as listas dos doze, mas que é designado como cobrador de imposto.

O autor de MT , cujo o nome nos é desconhecido, teria sido um cristão proviniente do judaísmo e de fala grega , possuidor de erudição rabínica, e que de qualquer modo teria estado confinado numa forma da tradição que teria adaptado fortemente os ditos de Jesus á mentalidade judaica. ( extraído do livro introdução ao novo testamento de Werner Georg Kümmel)

“ Durante a vida de Cristo, Palestina estava sob a jurisdição de Roma, cujas legiões, comandadas por Pompeyo, subyugaron a região e a anexaram à província romana de Síria em 64-63 a. C. Depois de ter desfrutado de independência política durante uns 80 anos antes da chegada dos romanos, os judeus sofreram muito pela presença e a autoridade dos governantes estrangeiros, tanto civis como militares. Quando o senado romano nomeou a Herodes o Grande (37-4 a. C.) como rei sobre boa parte de Palestina, a sorte dos judeus foi ainda mais angustiante. Ver pp. 42-44.

É fácil entender que o desejo de conseguir a independência se convertesse numa obsessão geral e afetasse quase todos os aspectos da vida nacional. Sobretudo, este desejo impregnava o pensamento religioso da época e a interpretação das passagens mesiánicos do AT. A dominação dos romanos era resultado direto da desobediência aos mandatos divinos (ver t. IV, pp. 34-35). Mediante Moisés e os profetas, Deus lhe tinha advertido a seu povo quanto aos sofrimentos que seguiriam à desobediência.

Era natural que os judeus tentassem liberar-se do duplo jugo que lhes impunham César e Herodes. Em repetidas ocasiões surgiram caudilhos que com zelo mesiánico lutaram pelos direitos do povo e para consertar as injustiças por meio da espada. Os judeus criam de todo coração que as profecias mesiánicas do AT lhes prometiam um mesías político que livraria a Israel da opressão estrangeira e subyugaría a todas as nações. As aspirações políticas distorciam assim a esperança mesiánica, e já que Jesús de Nazaré não cumpriu estas falsas expectativas, o orgulho nacional impediu que o povo reconhecesse nele àquele de quem os profetas”

4 – Análise da forma

A) Definir a forma (gênero) literário do texto

Gênero maior evangelho –

Gênero menor Creia – O termo creia designa uma fala ou ação ocasionada na vida de uma pessoa importante pela situação, mas transcendendo-a. Causa e reação andam sempre juntas. E , já que a causa e a situação resultam da vida da pessoa , a creia tem a tendência natural de se tornar material de construção para o gênero “biografia”

5 – Análise literária

A) Sinóticos – observar as diferenças entre os evangelhos


Marcos 9,33-37

33E chegaram a Cafarnaum. Quando ele estava em casa, perguntou-lhes: "O que vocês estavam discutindo no caminho?" 34Mas eles guardaram silêncio, porque no caminho haviam discutido sobre quem era o maior.35Assentando-se, Jesus chamou os Doze e disse: "Se alguém quiser ser o primeiro, será o último, e servo de todos 36E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles. Pegando-a nos braços, disse-lhes: 37"Quem recebe uma destas crianças em meu nome, está me recebendo; e quem Me recebe, não está apenas me recebendo, mas também aquele que me enviou”

Lucas 9 46-48

46Começou uma discussão entre os discípulos acerca de qual deles seria o maior

47Jesus, conhecendo os seus pensamentos, tomou uma criança e a colocou em pé, a seu lado. 48Então lhes disse: "Quem recebe esta criança em meu nome, está me recebendo; e quem me recebe, está recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que entre vocês for o menor, este será o maior".

Mateus 18 1-5

1Naquele momento os discípulos chegaram a Jesus e perguntaram: "Quem é o maior no Reino dos céus?"

2Chamando uma criança, colocou-a no meio deles,

3e disse: "Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus.

4Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus.

5"Quem recebe uma destas crianças em meu nome, está me recebendo”.


Observo que em Mateus o autor atenta para que aja uma conversão “ ..a não ser que se convertam e se tornem como crianças..”enquanto que em Marcos observa-se que a uma atenção para ser servo “se alguém quer ser o primeiro, será o ultimo, e servo de todos” , já em Lucas ele orienta a ser o menor este será o maior.

B) Balanço e síntese geral do texto

No texto de Mateus há uma pergunta quem será o maior no reino de Deus, os discípulos indagavam isso, estavam preocupados e queriam saber quem era o maior, o melhor. Mas Jesus conhecia o coração de cada um e usa a imagem de uma criança para lhes ensinar de que era preciso se tornar como criança para ser o maior no reino, ou seja , eles tinham que aprender a ser humildes e servir.

6- Atualização e aplicação

Ser o maior no Reino de Deus implica muitas coisas, para os discípulos tal pergunta, identifica que eles mesmos não sabiam nem de que reino falavam, pois esperavam um reino terreno, um reino onde disputavam títulos, cargos, se consideravam os melhores pois andavam com Jesus..Não tinham o coração convertido, por isso havia rivalidade entre eles. Mas Jesus mostra qual a importância do reino e de quem será o maior, através de uma criança. Cristo orienta : quer ser o maior ? converta-se, quer entrar no reino? Humilhe-se, neguem-se a si mesmo, sirva uns aos outros.

Hoje em nossas igrejas temos muitos como os discípulos, como uma visão destorcida do Reino de Deus. Para muitos fazer parte do reino é ter cargos, ou apenas fazer boas obras, ter a palavra na ponta da língua, decorar versiculos. Mas Deus quer muito mais que isso, quer uma verdadeira conversão , quer o seu coração, quer que você o ame acima de todas as coisas. Se você não mudar, não se voltar para o Senhor, jamais entrará no reino Dele.

ellis silva