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sábado, 27 de dezembro de 2008

taty, eu e a bianca

2009

refletir sobre a vida
sobre nossas ações e emoções...
fechar os olhos e perceber que a vida anda
caminha a passos lentos, e as vezes corre
assim como as aguas do rio que nunca são as mesmas.
segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, séculos...
tudo se transforma, nasce, cresce, morre...
assim somos nós, seres mortais, homem , mulher, bicho, planta...
por isso viver cada instante é importante
abraçar, beijar, consolar, amar, cantar, sorrir, chorar, sonhar, plantar
colher, desejar, abençoar, caminhar, respeitar, compartilhar...
os momentos da vida são infinitos depende de nós eternizá-los, basta acreditar ....
feliz 2009

domingo, 21 de dezembro de 2008

Domingo, 21 de Dezembro, 2008

VERSÍCULO:
Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem.
-- Romanos 12:21

PENSAMENTO:
Antigamente um amigo costumava me lembrar que o alvo número um
ao lidar com pessoas ou circunstâncias difíceis é este: Não se
torne o que você odeia. Ele não estava falando em odiar a pessoa,
mas em não aceitar suas ações e motivações malignas, mesquinhas e
pecaminosas. Não conseguimos vencer o Diabo por meios desonráveis e
desonestos. Vencemos o mal quando fazemos o que é certo e enchemos
nossos corações e vidas com bondade.

ORAÇÃO:
Santo Deus, por favor, abençoe-me com caráter enquanto resisto
às pessoas que são críticas, cínicas ou que querem se vingar de
mim. Por favor, ajude-me a responder de maneira que reflita o
caráter e Senhorio de Cristo. Em nome de Jesus. Amém.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Ensino da Filosofia




Carlos Fontes

A escola de massas alterou por completo as condições em que decorreu durante séculos a prática deste ensino da Filosofia. Foi o ponto de partida de J. Neves Vicente e que o levou a definir um Paradigma Organizador da Ensino da Filosofia Enquanto Disciplina Escolar do Educação Secundária.

Ensino Filosófico de Massa

A justificação da necessidade deste novo paradigma, decorre da constatação que houve uma alteração quantitativa e qualitativa do novo público escolar no ensino secundário.Os alunos que hoje frequentam as aulas de Filosofia já não são oriundos duma minoria social privilegiada. Esta disciplina deixou de ser o coroamento de uma formação humanística que era ostentada como um traço distintivo de pertença a uma elite social ou cultural. De um ensino filosófico para uma elite passou-se a um ensino filosófico de massa. Grande parte dos alunos que frequentam hoje o secundário, como afirma este autor são linguistica e culturalmente muito mais deficitários do que a elite das décadas anteriores. Facto que explicará em parte, a actual desqualificação do ensino da Filosofia, mas também para a sua banalização

A Justificação do Ensino da Filosofia

Perante esta educação de massas, coloca-se com toda a acuidade a questão se os actuais alunos possuem ou não capacidade para acompanhar um tal ensino, atendendo ao facto de serem oriundos de famílias no seio das quais, as grandes questões filosóficas não suscitam qualquer preocupação. Face a este panorama, numa lógica segregacionista, muitos são os que defendem a sua substituição por matérias mais facilmente instrumentalizáveis pelos alunos oriundos de meios desfavorecidos.

Em termos internacionais, a questão da continuidade deste ensino é posta em termos de tradição escolar. Em muitos países, como os anglo-saxónicos, a Filosofia é ensinada apenas ao nível do ensino universitário, dado que se considera que o seu ensino não é indispensável para qualquer cidadão, mas também requer uma grande maturidade e formação escolar de base. Nos restantes países, entre os quais se destacam os países latinos, o ensino da Filosofia é ensinado no secundário, sustentado pela convicção socialmente partilhada que o mesmo é indispensável para formação de qualquer cidadão, postulando-se por consequência, a educabilidade filosófica de todos.

O problema não é pacífico, nomeadamente no contexto da escola de massas, onde são inúmeras e constantes as pressões para nivelar por baixo todo os conteúdos de ensino, e para retirar dos currículos as matérias que exijam um maior trabalho intelectual.

Obstáculos ao ensino da Filosofia

A prática do ensino da filosofia na escola de massas, não deixa de ser igualmente controversa por motivos filosóficos. Ultrapassando a questão se a filosofia é ou não ensinável, as questões que agora vamos referir, prendem-se com o sugestivo roteiro de obstáculos que se colocam ao seu ensino, e que foram identificados por J. Neves Vicente. Entre os mesmos seleccionamos seis que consideramos de grande relevância para a análise desta questão.

O primeiro obstáculo ao ensino da filosofia decorre da própria relação entre o professor e o saber. Sem uma procura efectiva do saber por parte do professor, como pode este ensinar aos seus alunos esta via ? Esta questão não é todavia exclusiva dos professores de Filosofia, mas antes constituiu uma questão prévia que se deve colocar ao exercício de qualquer actividade docente.

O segundo obstáculo está na resistência que muitos professores universitários e do secundário têm em pensar a filosofia como uma "disciplina escolar" do/no ensino secundário. O ensino da Filosofia é identificado como um espaço de investigação, segundo uma matriz universitária. O resultado são práticas lectivas autistas. Ao nível do secundário, os professores têm que ter presente três exigências básicas:

- O ensino tem que se reportar sempre à Filosofia, às suas problemáticas, lógicas discursivas, história, sob pena de ser outra coisa que não Filosofia;

- Como disciplina escolar, não pode deixar de ter em conta os alunos para os quais se dirige, e o desenvolvimento de novas metodologias para o seu ensino;

- Como uma disciplina integrada num dado curriculum formativo, não pode esquecer as finalidades que são prosseguidas neste nível de ensino.

O terceiro obstáculo está na resistência em reconhecer a legitimidade da didáctica da filosofia, ou com maior rigor, em admitir a "didactização do trabalho filosófico". A didáctica, tem sido encarada não apenas como inútil à Filosofia, mas também como um malefício, na medida que tende a fragmentar o que é uno, simplificar o que é complexo, vulgarizar o que é profundo, alimentando a superficialidade tão do agrado dos que evitam o esforço de pensar. A alternativa a esta posição de princípio é postular que ser professor ou filósofo é um dom inato. Os que o possuem ensinam sem aprender, ou pensam filosoficamente sem necessidade de mestres. Em qualquer dos casos, estamos perante receitas que já não se coadunavam com as antigas escolas secundárias do passado, e muito menos com as actuais.

O quatro obstáculo está na falta de consenso sobre as finalidades e os objectivos específicos do ensino da Filosofia na educação secundária. Neste ponto existe uma total dispersão de ideias, situação que revela a forma como o peso da tradição deste ensino, acabou por desvalorizar a reflexão sobre a sua própria prática.

O quinto obstáculo é a predominância de uma lógica do ensino sobre uma lógica da aprendizagem. Os professores tem orientado a sua acção segundo um modelo produtivista, isto é, fragmentam constantemente as matérias em conteúdos prontos para serem assimilados e rapidamente memorizados, para serem depois reproduzidos nos momentos padronizados de "avaliação". Todo o trabalho mais profundo de construção de saberes pelos alunos é simplesmente abandonado. A alternativa proposta está em centrar o ensino no aluno, na construção dos seus saberes, valorizando a elaboração de recursos didácticos diversificados pelos professores.

O sexto obstáculo consiste na resistência que os professores de filosofia concedem às mediações didácticas e/ou na dificuldade em concebê-las e fazer uso delas. O exercício de filosofar por parte do professor, ainda que seja feito perante os alunos, não garante só por si o exercício do filosofar por parte dos alunos, a não ser por parte de uma minoria muito motivada, próxima do professor cultural e linguisticamente. A superação desta distância exige da parte do professor a elaboração de mediações didácticas, ou seja, a confecção de dispositivos, o desenho de tarefas, a construção de actividades, a criação de guiões de trabalho, etc., que coloquem os alunos no caminho de pensarem por si mesmos, de filosofarem, caminho que eles e só eles hão-de percorrer ainda que guiados ou apoiados em instrumentos fornecidos pelo professor. A elaboração destes percursos faz parte da competência do professor.

As ideias para um novo paradigma de ensino da Filosofia, são mais pobres do que a sistematização dos obstáculos. Estamos perante um domínio em que todos os métodos pedagógicos são falíveis. O autor reafirma o postulado do direito à filosofia para todos e a educabilidade da filosófica de todos (1), mostrando que o seu ensino no secundário deverá alicerçar-se na criação de um espaço próprio, sejam compatibilizadas três tipos de exigências: a especificidade da Filosofia; a adequação da prática lectiva às características dos alunos, e por último, o respeito pelos objectivos formativos que estão fixados para este nível de ensino(2). Postula também que ensino deverá ser centrado na aprendizagem e não somente na transmissão de conteúdos (3), implicando por isso o seu contínuo desdobramento para efeitos didácticos, em grandes operações intelectuais em que se materializa o pensamento e o discurso, e que são designadamente a conceptualização, a problematização e a argumentação (4). Face à necessidade de gerir pedagogicamente a democratização do acesso à filosofia, recomenda-se como imperativo didáctico a diferenciação pedagógica de modo poder corresponder à heterogeneidade socio-cultural dos novos públicos escolares (5). Por último, a avaliação deverá de ser de natureza formativa e fazer parte integrante do próprio processo de ensino aprendizagem (6).


Filosofia e Cotidiano






*Cristina Levine Martins Xavier


A inclusão obrigatória das disciplinas de Sociologia e Filosofia no currículo das escolas públicas e privadas de Ensino Médio (Parecer CNE 38/2006) é uma dessas decisões bem-vindas, que geram um certo otimismo quanto à formação e educação do jovem brasileiro. Ainda que seja questionada por alguns, a questão merece atenção especial de toda a sociedade.

A proposta é que, ao deixar o ensino médio, o estudante que conhecer as bases das duas disciplinas estará mais capacitado para desenvolver pensamento autônomo e crítico e exercer a cidadania plena. Sobre esse assunto, um professor de Sociologia e de Prática Pedagógica em Ciências Sociais na UFRGS, de Porto Alegre, fez um comentário importante na Internet: “Não é possível falar em consolidação da democracia em nosso país sem que nossos estudantes tenham uma formação humanista e reflexiva sobre sua condição de sujeitos historicamente situados”.

Há nesta afirmação uma profunda sabedoria. Ela sintetiza aspectos que estão no âmago tanto das remotas origens da história da democracia como da própria filosofia. Ambas surgiram na antiga Grécia e estão intimamente vinculadas com o debate ou diálogo em praça pública.

A filosofia não foi criada para circular apenas em um meio elitizado de intelectuais e acadêmicos. Para Lou Marinoff, principal líder nos Estados Unidos de uma nova corrente de pensamento que aplica a filosofia ao dia-a-dia, ela era, em sua origem, um “modo de vida” e não uma disciplina acadêmica: “Somente por volta do século passado, a filosofia foi confinada numa ala esotérica da torre de marfim, repleta de insigths teóricos, mas vazia de aplicação prática”, escreve ele em seu famoso livro Mais Platão menos Prozac.

Segundo Marilena Chauí, Sócrates, considerado o patrono da filosofia, rebelou-se contra os sofistas (mestres da oratória ou retórica), dizendo que não eram filósofos, pois não tinham amor pela sabedoria nem respeito pela verdade, elementos essenciais na discussão filosófica. Do mesmo modo como vemos hoje em nosso (cada vez mais degradante) cenário político, Sócrates acusava os sofistas de corromper o espírito dos jovens ao colocar toda ênfase nas vantagens pessoais obtidas com suas técnicas de argumentação e persuasão.

O estudo da filosofia visa, entre outros benefícios, formar indivíduos capazes de pensar crítica e eficazmente por si próprios, e, como conseqüência, serem capazes de fazer uma argumentação mais consciente, reflexiva e segura em todas as áreas da vida. Nietzsche já antevia, no fim do século XVIII, a tendência profissionalizante e histórico-cientificista das universidades e escolas técnicas, mais preocupadas em formar com rapidez indivíduos aptos a preencher as demandas do mercado de trabalho e executarem serviços com eficiência do que preparar humanística e qualitativamente pessoas para lidar com as condições complexas da vida. O antídoto, segundo ele, para o instinto desenfreado da ciência, que tudo quer conhecer, dissecar e analisar, é a arte e a filosofia.

Sem a capacidade de raciocínio e reflexão clara sobre nossa realidade imediata, nós nos tornamos meros reprodutores do sistema de valores, crenças, preconceitos e costumes vigentes. Na maioria das vezes, nem percebemos que nossa vida prática é guiada não por nossa própria filosofia de vida, mas pela de nossos antepassados ou pelo input cultural. Não que estejamos errados em nos apoiar nos valores e tradições que nos ensinaram, mas poderíamos desenvolver esta capacidade inata de discriminar melhor o que nos serve e que aumenta nossa vitalidade e criatividade.

O evoluir do autoconhecimento, proporcionado por uma constante reflexão sobre nós mesmos, nossas atitudes e nossas experiências, está na base de uma postura ética de vida, pois ser ético e moral não significa apenas seguir à risca um código social de leis e normas de conduta. Sem uma ética pessoal e a busca por autoconhecimento, perdemos parte de nosso livre-arbítrio, criando situações de vida caóticas e insatisfatórias.

Precisamos mais de diálogo do que diagnóstico. Mais Platão e menos Prozac! Não só para os alunos do Ensino Médio, como a todas as pessoas. Marinoff recomenda simplesmente o que vem a ser uma tendência evidente na área de saúde: é melhor prevenir do que remediar. Entupir-nos de remédios ou recorrer a cirurgias plásticas não nos liberta de nossas dores de consciência e crises de vida. Só nos distancia de nós mesmos.



*É mestre em Ciências da Religião pela PUC/SP,
especializada em Psicologia Junguiana pelo Instituto Brasileiro de Estudos Homeopáticos (FACIS/IBEHE) e
diretora do Espaço Cultural Alphaville.

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Para que serve a Filosofia?



Fernando Belo

Uma das maneiras de chamar a atenção para a relevância da Filosofia é sublinhar como os seus conceitos e categorias, com uma história de dois milénios e meio, estão em todo o lado da nossa civilização. Ide ver os manuais das ciências e das técnicas, ide ver os códigos dos juristas, ide ler os textos das administrações dos grandes bancos e empresas, universidades, conselhos de ministros, as crónicas dos jornais e revistas. Encontrar-se-á nesses textos grande quantidade de conceitos que só lá estão por terem sido coisa da discussão filosófica, grega, medieval, europeia: se os tirarem, prevejo que os textos de tão esburacados se tornem ilegíveis (não é difícil fazer um exemplo, com um texto da ministra da Educação, em que se substituam todos os termos dessa índole por três pontinhos, e depois se lho mande).

Em termos de Kuhn: os paradigmas de todas as grandes instituições do Ocidente, desde as ciências até às religiosas e porventura às desportivas, são tecidos dessas categorias, que não são "argamassa": é porque os profissionais que em tais instituições trabalham, como se faz também aqui nesta escola, os aprenderam, isto é, foram previamente instituídos por esses conceitos nos liceus e universidades onde, como se diz, "se formaram". Todas essas instituições da civilização moderna, com seus edifícios conceptuais, só funcionam, só são eficientes (ou não) edifícios por via desses textos que pensam-dizem os seus usos especializados, em que juristas, técnicos, cientistas, administradores e tutti quanti fazem filosofia como Mr. Jourdain fazia prosa.

A Filosofia é a gramática dessa língua conceptual que o Ocidente exportou para as civilizações asiáticas, é a gramática do pensamento inventado por gregos, latinos, medievais e europeus. Tirá-la dos liceus é um passo de gigante para a iliteracia dos especialistas (quando têm de tomar decisões).

A Incansável Busca Pela Sabedoria



A palavra Filosofia deriva do grego "PHILOSOPHIA"

SOPHIA significa SABEDORIA

PHILO significa "Amor Filial", ou Amizade

Literalmente, um Filósofo é um AMIGO, ou AMANTE de SOPHIA, alguém que admira e busca a SABEDORIA

Esse termo foi usado pela primeira vez pelo famoso Filósofo Grego PITÁGORAS por volta do século V aC, ao responder a um de seus discípulos que ele não era um "Sábio", mas apenas alguém que amava a Sabedoria.

Filosofia é então a busca pelo conhecimento último e primordial, a Sabedoria Total.

Embora de um modo ou de outro o Ser Humano sempre tenha exercido seus dons filosóficos, a Filosofia Ocidental como um campo de conhecimento coeso e estabelecido, surge na Grécia Antiga com a figura de TALES de MILETO, que foi o primeiro a buscar uma explicação para os fenômenos da natureza usando a Razão e não os Mitos, como era de costume.

Assim como a Religião, ela também já teve sua morte decretada. No entanto a Filosofia Ocidental perdura há mais de 2.500 anos, tendo sido a Mãe de quase todas as Ciências. Psicologia, Antropologia, História, Física, Astronomia e praticamente qualquer outra derivam direta ou indiretamente da Filosofia. Entretando as "filhas" ciências se ocupam de objetos de estudo específicos, é a "Mãe" se ocupa do "Todo", da totalidade do real.

Nada escapa à investigação filosófica. A amplitude de seu objeto de estudo é tão vasta, que foge a compreensão de muitas pessoas, que chegam a pensar ser a Filosofia uma atividade inútil. Além disso seu significado também é muito distorcido no conhecimento popular, que muitas vezes a reduz a qualquer conjunto simplório de idéias específicas, as "filosofias de vida", ou basicamente a um exercício poético.

Entretanto como sendo praticamente o ponto de partida de todo o conhecimento humano organizado, a Filosofia estudou tudo o que pôde, estimulando e produzindo os mais vastos campos do saber, mas diferente da Ciência, a Filosofia não é empírica, ou seja, não faz Experiências. Mesmo por que geralmente seus objetos de estudo não são acessíveis ao Empirismo.

A RAZÃO e a INTUIÇÃO são as principais ferramentas da Filosofia, que tem como fundamento a contemplação, o deslumbramento pela realidade, a vontade de conhecer, e como método primordial a rigorosidade do raciocínio, para atingir a estruturação do pensamento e a organização do saber.

Academicamente, a Filosofia é dividida em:

ANTIGA
- do século VIaC até VIdC -

Foi a era dos pré-socráticos, os filósofos da natureza, os Atomistas, os sofistas, de Pitágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles, Plotino e etc. Esses filósofos simplesmente construíram toda a estrutura de nosso conhecimento. Tudo o que temos hoje deve-se ao progresso promovido pelos gregos antigos, ainda que a maior parte dele tenha permanecido adormecido por mil anos. O Universo foi a principal preocupação nesta época.

MEDIEVAL
- do século IIdC até XVdC -

A era da Filosofia Cristã, da Teologia Revelada, da tradição escolástica. A preocupação principal dos filósofos era Deus. Alguns deles foram canonizados, como Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. Surge a Navalha de Guilherme de Occam, que mais tarde viria a ser a ferramente básica da Ciência.

MODERNA
- do século XVIIaC até XIXdC -

Surge junto com o Renascimento e o despertar científico, que recupera a sabedoria da Grécia Antiga. O Racionalismo Cartesiano, o Empirismo, o retorno do Ceticismo e muitos outros movimentos deram impulso a Ciência. Descartes imortalizou o "Penso Logo Existo" como um ponto de partida para a construção de um conhecimento seguro. Mais tarde Karl Marx lança as bases do Socialismo, e Adam Smith estrutura o Capitalismo. O enfoque de aí em diante se centrou no Ser Humano e suas possibilidades.

CONTEMPORÂNEA

- do XIXdC até... -

Os novos desafios no mundo atual surgem sob a forma da Emancipação Feminina, o rompimento definitivo dos Governos com as Igrejas Cristãs, o Existencialismo, a ênfase na Linguística, e mais recentemente o Estruturalismo e o Desconstrutivismo. Alguns nomes já se imortalizaram, como Sartre, Simone de Beauvoir ou Michael Foucalt.

E A FILOSOFIA ORIENTAL?

Embora não seja aceita como Filosofia pela maior parte dos acadêmicos, o pensamento produzido no Oriente, especificamente na China e Índia por Budistas e Hinduístas, possui algumas qualidades equivalentes a da Filosofia Ocidental.

A questão é basicamente a definição do que vem a ser a Filosofia e suas características principais, que da maneira como é colocada pelos acadêmicos ocidentais de fato exclui a Filosofia Oriental. Mas nada impede que se considere Filosofia num conceito mais amplo.

Sem dúvida a Filosofia Oriental é mais Intuitiva que a Ocidental, e menos Racional, o que contribui para sua inclinação mística e hermética. Mas não se pode negar os paralelos que esta possui principalmente com a Filosofia Antiga.

Ambas surgiram por volta do século VI aC, tratando de temas muito semelhantes e há de se considerar que Grécia e Índia não são tão distantes uma da outra a ponto de inviabilizar um contato.

Mesmo assim, a grande maioria dos estudiosos considera que não há qualquer relação entre os Pré-Socráticos e os filósofos Orientais. O que na realidade, pouco importa.

O fato é que assim como Ciência, a Arte e a Mística, a Filosofia sempre existiu em forma latente no ser humano. Nós sempre pensamos. Logo existimos.

A CRISE DA FILOSOFIA

Atualmente, a Filosofia passa por uma fase de perda de identidade. O principal motivo disto é a atual soberania da Ciência. Tal como a Religião já fora o expoente máximo em um passado, onde todos procuravam se aproximar do estatuto da autoridade religiosa, na atualidade a área do conhecimento humano mais destacada é a Ciência. Isso faz com que muitos filósofos prefiram se identificar como cientistas.

Basicamente todas as "Ciências Humanas" que conhecemos são Filosofia. História, Sociologia, Psicologia, Antropologia, Direito, Política e etc. Porém todas parecem querer gozar do prestígio da Ciência, tentando aparentar em sua essência uma característica de "científicamente estabelecido", o que garantiria uma maior aparência de confiabilidade.

FILOSOFIA e CIÊNCIA compartilham uma de suas bases, a RAZÃO, e nesse ponto se misturam, mas não compartilham o EMPIRISMO, que é a outra base da Ciência.

A confusão com relação a definição de Filosofia, e a desinformação geral, que permeia mesmo o meio acadêmico, chega a ponto de permitir o surgimento de propostas quiméricas no sentido de se eliminar a Filosofia.

Entretanto, Ciência alguma pode se ocupar com a Macro Realidade. O Empirismo não pode ser aplicado à Civilização Humana, à Mente, ao Total. Quem estabelece a comunicação entre todos os segmentos da conhecimento continua a ser a Filosofia. Continuamos gerando novos segmentos de investigação através da Filosofia, ao mesmo tempo que a tendência a Interdisciplinariedade exige uma visão cada vez mais holística para abordar os desafio no Terceiro Milênio.

Da mesma forma que a Arte, a Mística ou a Ciência, a Filosofia nunca deixará de existir enquanto houver pessoas buscando respostas.

O FILÓSOFO

Há uma grande diferença entre ser um Filósofo e estudar Filosofia. Qualquer pessoa que tente pela sua própria maneira de ver a realidade, entender racionalmente a vida , o sentido da existência, a sociedade, as relações humanas, o Universo, enfim, todos os eventos que o cercam, é um Filósofo em potencial, ainda que não possua qualquer instrução significativa.

Por outro lado é possível estudar a História da Filosofia, o pensamento dos filósofos, os eventos que marcaram a produção do pensamento humano e etc, sem nunca desenvolver uma postura de questionamento próprio sobre a realidade.

Via de regra porém, uma atitude leva a outra.

O verdadeiro Filósofo é antes de tudo um observador atento da realidade, um pensador dedicado, e que tente pelo seu próprio esforço desvendar o Universo que o cerca.

FILOSOFIA PRÁTICA

Embora a Filosofia em geral não seja produzida para resultados concretos e imediatos, crer que ela não tenha aplicação prática é apenas uma ilusão. A forma de compreender o mundo é que determina o modo como se produz as coisas, se investiga a natureza, se propõe as leis.

Ética, Política, Moral, Esporte, Arte, Ciência, Religião, tudo tem a ver com Filosofia.

O pensamento humano não apenas influenciou e influencia o mundo, na verdade é ele que o determina. Todos os movimentos sociais, econômicos, políticos, religiosos da história tem origem no pensamento humano, o domínio da Filosofia.

Se dedicar a Filosofia não é se abster da realidade, nada tem a ver com a alienação, antes o completo contrário. É procurar compreender a realidade, o primeiro passo para interagir com ela, ou mesmo alterá-la, da melhor forma possível.

Filosofar é examinar a realidade, e isso, de um modo ou de outro, todos fazemos constantemente. Ao se tentar resolver os problemas globais, sociais ou pessoais, é impossível se abster da Racionalidade. Entretanto há uma gama de situações onde a Razão não pode avançar por falta, ou excesso de dados, o que impossibilita decisões objetivas.

Entre em cena então a parte subjetiva humana, mais especificamente a Intuição, como meio de direcionar nosso foco de entendimento e apontar caminhos a serem trilhados pela racionalidade.

Isso é Filosofia em si.

...

De certo modo, a Humanidade sempre será Amante de Sophia.
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

alma de engenheiro e arquiteto

" A filosofia é a aventura do pensamento. Uma viagem ao centro das coisas que envolve um passeio por sua superficie. O filósofo será um guia que presta atenção no que vê e pondera o que não pode ser visto. Mas aquele que se dedica á filosofia também deve ter a alma de um engenheiro e de um arquiteto. Deve ser bom construtor de pontes. A ponte é o método , o caminho, capaz de ligar territórios isolados. Para construir uma boa ponte é preciso conhecer os materias, mas é necessário também um conhecimento prévio sobre a necessidade da ponte. Quando se viaja pelo interior do Brasil muitas vezes vemos pontes inconclusas em ruínas, deixadas ao lado de estradas ligando o "nada ao lugar nenhum". Ligação perdida. Talvez um metáfora de nossa perdição. O trabalho do construtor de pontes precisa levar em conta o desejo de atravessar o abismo dos que habitam de um lado ou outro da margem. A ponte deve ser segura para que os que nela atravessam cheguem ao seu destino, mas também possam parar e contemplar o buraco fundo ou no que corre debaixo da sustentação"
trecho de filosofia em comum, de marcia tiburi.